quinta-feira, 23 de novembro de 2017

ESTUDO 32 DE MARCOS


O PERIGO DA RELIGIOSIDADE
(MARCOS 7.1-23)


INTRODUÇÃO

Depois do cativeiro babilônico, os rabinos judeus começaram a definir regras e regulamentos pormenorizados para governar a vida diária do povo. Tratava-se de interpretações e aplicações da Lei de Moisés, transmitidas de geração em geração. Nos dias de Jesus essa "tradição dos anciãos" existia na forma oral. Só em cerca de 200 d.C. foi registrado por escrito o Mishna. (NVI p. 1642)
Os rabinhos haviam dividido a Lei Mosaica (Torá) em 613 decretos, com 365 proibições e 248 orientações. Através destes decretos, tentavam regular a vida dos israelitas (judeus) e toda a sua conduta.

1) OS RELIGIOSOS SE REUNIRAM A JESUS NÃO PARA ADORAR OU APRENDER A PALAVRA, MAS PARA INVESTIGAR A VIDA ALHEIA (V. 1,2)

Essa delegação farisaica foi enviada para investigar as atividades de Jesus na Galileia, não foram para cultuar a Deus ou aprender dos ensinamentos de Jesus. Gente religiosa sempre se preocupa com a vida alheia.


2) OS RELIGIOSOS SE APEGAM ÀS TRADIÇÕES (V. 3,4)

Os religiosos consideram as tradições humanas como se fossem a própria Palavra de Deus. Hoje não temos a Mishna no Cristianismo, mas temos regulamentos internos que se comportam do mesmo jeito dentro das igrejas evangélicas.

3) OS RELIGIOSOS CONFRONTAM ÀQUELES QUE NÃO SEGUEM AS TRADIÇÕES (V. 5)

Eles já haviam confrontado Jesus por permitir que seus discípulos não guardassem o sábado (2.24), por ele mesmo não guardar o sábado (2.24) e agora pelo fato dos discípulos não lavarem as mãos. Os fariseus estavam cegos e queriam conduzir outros cegamente, obrigando os outros a seguirem as tradições. 

4) OS RELIGIOSOS POSSUEM CARÁTER HIPÓCRITA (v.6)

Fingem ser o que não é. São atores que interpretam um falso papel de bondade e santidade.

5) OS RELIGIOSOS PRATICAM UMA VÃ ADORAÇÃO (v. 7,8)

A sua adoração não é valida porque não seguem a Palavra de Deus, mas regras ensinadas por homens.

6) OS RELIGIOSOS ANULAM A PALAVRA DE DEUS (V. 9-13)

Os fariseus estavam sempre encontrando uma maneira de por de lado os mandamentos de Deus para obedecerem às tradições. Muitos hoje possuem a mesma atitude. Para que a Palavra de Deus se encaixe na sua vida, tiram textos dos contextos, alteram interpretações, acrescentam palavras, retiram palavras. 

7) OS RELIGIOSOS SE PREOCUPAM COM A IMPUREZA EXTERNA E NÃO INTERNA (V. 14,15)

Querem viver de aparência sem mudar o interior. Vivem de rituais e não buscam a regeneração.

8) OS RELIGIOSOS NÃO OUVEM A PALAVRA DE DEUS (V. 16)

Jesus disse: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça". As regras humanas geram legalismo, mas a Palavra de Deus transforma, regenera e santifica. 

9) OS RELIGIOSOS TORNAM IMPURO ATÉ O QUE É PURO (V. 17,18)

Os religiosos tornam alimentos impuros, sexo impuro, pessoas impuras, ações impuras, vestimentas impuras e tantas outras coisas. Aqui, Jesus purifica todos os alimentos. 

10) OS RELIGIOSOS NÃO COMPREENDEM QUE OS MALES NASCEM NO CORAÇÃO (V. 20-23)

Não adianta trocar de roupa, tem que trocar de vida. Não adianta mudar de aparência, é preciso mudar de coração. A lista dos maus desígnios do coração é grande, e com certeza, esta lista não engloba todas as maldades que um coração pode gerar.

1º Maus pensamentos: a mente é um campo de batalha e o nosso coração deseja o mal;

2º Imoralidades sexuais: pornografia, fornicação, adultério, homossexualismo, etc;

3º Roubos: apropriar-se do que não te pertence, seja no assalto ou no troco errado;

4º Homicídios: matar com ação física, palavras ou sentimento de ódio;

5º Adultérios: relação sexual fora do casamento ou apenas o ato de desejar na mente;

6º Cobiças: desejos materiais do que é do outro;

7º Maldades: toda sorte de iniquidades;

8º Enganos: dolo, artimanhas para enganar, passar para trás;

9º Devassidão: lascívia, pecado aberto, atrevido, sem se preocupar com a opinião pública;

10º Inveja: dor intensa diante do sucesso do outro;

11º Calúnia: mentiras e difamações contra o próximo;

12º Arrogância: soberba, achar-se superior ao outro;

13º Insensatez: loucura, sem juízo ou senso, desequilibrado;



CONCLUSÃO

O que podemos concluir é que a religião não salva e, que, ao contrário do que muitos pensam, a religiosidade não produz vida, e sim a morte. Toda religiosidade só pode ser combatida mediante espiritualidade. Ter vida com Deus, intimidade, coração quebrantado, ouvidos atentos à voz de Deus, mente cheia da Palavra de Deus. Deixe de lado toda forma de farisaísmo carregado de regras e tradições humanas, passa a viver a Palavra de Deus, somente ela é viva e eficaz, capaz de regenerar o homem mais vil.


Em Cristo,

Miss. Daniela F. Ferreira