ESTUDO 73 DE MARCOS

IDE E PREGAI (MC 16.15-20)

                A Grande Comissão se refere a ordem dada por Cristo ressurreto ao seus discípulos, para que estes espalhassem seus ensinamentos por todo o mundo.

FATOS A SEREM OBSERVADOS SOBRE A GRANDE COMISSÃO:

1)      A AUTORIDADE DE JESUS

Trata-se de uma ordem e não um pedido. A ordem foi dada por Jesus, o Filho de Deus, aquele que tem toda autoridade nos céus e na terra. Portanto, aquele que envia tem poder e autoridade para fazê-lo.

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Mateus 28:18

2)      A ORDEM ERA DE CUMPRIMENTO IMEDIATO

Jesus não pediu que esperassem, os enviou de imediato. Eles já haviam aprendido por três anos uma vida de discipulado com Jesus, agora era hora de colocar em prática. E, se a ordem já era para ser cumprida de imediato a dois mil anos atrás, quanto mais agora. Não podemos esperar, Jesus está voltando e precisamos anunciar isso ao mundo.

3)      CONTINUAÇÃO DA MISSÃO DO PAI E DO FILLHO

Deus Pai enviou seu Filho. Deus Filho encarnou, morreu e ressuscitou. O Pai e o Filho já cumpriram a sua missão. Agora é com a Igreja, nós fomos chamados para continuar essa missão, capacitados pelo Deus Espírito Santo.

4)      O CONTEÚDO DA MENSAGEM

A mensagem a ser pregada é a Palavra de Deus. Não devemos pregar ensinamentos humanos, regulamentos internos de igreja, “achismos”, “modismos”. Somente a verdadeira mensagem pode salvar, e ela está na Bíblia.

5)      O PÚBLICO ALVO

Pessoas de todas as nações e de todos os lugares do mundo. Ide por todo o mundo. Pregai a toda a criatura. Não existe acepção de pessoas.

6)      A SALVAÇÃO PELA MENSAGEM

A mensagem quando for anunciada e crida fornecerá salvação. “Quem crer e for batizado”. A palavra de Deus é viva e eficaz, ela penetra, salva, transforma, regenera, purifica, santifica, exorta, consola, acalma, justifica.

7)      O JUÍZO PELA MENSAGEM

A mensagem anunciada e não crida fornecerá o juízo.  “Quem não crer será condenado”. Da mesma forma que a mensagem pode promover salvação aos que creem, poderá trazer o juízo aos que não creem. Jesus salva o homem da ira de Deus, da condenação ao inferno e perdoa seus pecados. A salvação é pela graça, mas mediante a fé.

8)      OS SINAIS NÃO DEVEM SER PREGADOS NO LUGAR DA PALAVRA, ELES APENAS ACOMPANHAM

A mensagem não deve ser substituída por sinais. Infelizmente, hoje vemos propagandas de cultos a serem realizados, que  ao invés de anunciar a salvação, anunciam cura, expulsão de demônios, solução para problemas financeiros, cura para o casamento e outros devaneios que roubam o lugar da pregação da Palavra de Deus.

9)      PODER SOBRE DEMÔNIOS, CAPACITAÇÃO, PROTEÇÃO E  CURA

Jesus promete poder sobre os demônios, para que venhamos a combater o mal. Capacitação no “falar em novas línguas”. Proteção, já que é mencionado o veneno mortífero. Curas espirituais e físicas como sinais aos que pregarmos.

10)   A PRESENÇA DE JESUS SERÁ CONSTANTE

Em Mateus 28.20 Jesus promete: “Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” Não estaremos sós durante essa missão. A presença de Jesus estará conosco. Somos a habitação do Espírito Santo. Somos filhos de Deus. A luta não será apenas nossa, iremos em nome do Senhor dos Exércitos.

ESTUDO 72 DE MARCOS

A ESCOLHA DOS 12 APÓSTOLOS E AS INSTRUÇÕES PARA A PROPAGAÇÃO DO REINO

                Dentre os vários discípulos, Jesus escolhe apóstolos. A oportunidade de trabalho na seara de Deus foi dada a homens totalmente diferentes, sem nenhum dom especial. Jesus ora ao Pai e efetua a sua escolha. O capítulo 10 de Mateus descreve o segundo maior sermão de Jesus no qual ele anunciou a missão do reino. Nesse ponto, Jesus mandou seus doze discípulos espalharem o reino de Deus para “as ovelhas perdidas de Israel”. Com esses homens Jesus vai mudar o mundo!

1)    JESUS CHAMA COOPERADORES PARA SUA OBRA DE TRÊS MANEIRAS:

I.          Chamada para a salvação (João 1.35-51)

II.         Chamada para o discipulado (Marcos 1. 16-20)

III.        Chamada para o apostolado (Marcos 3.14-21)

2)    OS APÓSTOLOS FORAM ESCOLHIDOS DENTRE OS DISCÍPULOS

                A palavra “discípulos” se refere a um “aprendiz” ou “seguidor”. A palavra “apóstolo” se refere a “alguém que é enviado”. Jesus ensinou através de um discipulado, e depois, quando estavam preparados foram enviados.

3)    EXISTEM CRITÉRIOS PARA SER APÓSTOLO.

Segundo o pastor Hernandes Dias Lopes: “Jesus só teve doze apóstolos. Os apóstolos foram os instrumentos para receberem a revelação de Deus e foram inspirados por Deus para o registro das Escrituras. Não há sucessão apostólica. Os apóstolos não tiveram sucessores depois que morreram. Um apóstolo precisava ter visto a Cristo ressurreto (1Co 9.1) e ter sido chamado pelo próprio Cristo (Ef 4.11). Os apóstolos receberam poder especial para realizar milagres como prova da sua credencial (At 2.43; 5.12; 2Co 12.12; Hb 2.1-4).”

4)    A ESCOLHA DOS APÓSTOLOS NÃO LEVOU EM CONSIDERAÇÃO MÉRITOS HUMANOS

                A lista dos escolhidos por Jesus para serem apóstolos não é muito impressionante do ponto de vista humano. Jesus escolheu homens comuns, iletrados, sem riquezas, sem prestígio social. Homens com ideologias diferentes, temperamentos diferentes, de lugares diferentes e profissões diferentes. Não eram heróis, mas homens carregados de limitações. Não foi uma escolha baseada nos méritos humanos, mas na misericórdia e na graça de Deus.

                William Hendriksen diz que o que realça a grandeza de Jesus é que Ele escolheu homens como esses, e os uniu numa comunidade impressionadamente influente, que provaria ser não somente um elo digno com o passado de Israel, mas também um fundamento sólido para a igreja do futuro. Jesus foi capaz de juntar ao redor de si, e unir em uma família, homens de criação e temperamento diferentes, às vezes, completamente opostos. Incluídos nesse pequeno bando estava Pedro, o otimista (Mt 14.28; 26.33,35), mas também estava Tomé, o pessimista (Jo 11.16; 20.24,25); Simão, o zelote, inflamado com o alvo de derrubar o poderio romano; mas também Mateus, que era um funcionário do governo, um coletor de impostos. Pedro, João e Mateus que estavam destinados a se tornarem famosos pelos seus escritos, mas também Tiago, o menor, que permanece obscuro e deve ter cumprido a sua missão.

5)    ANTES DE ESCOLHER OS APÓSTOLOS JESUS OROU

A escolha da igreja de Cristo foi feita a partir da vontade do Pai. Jesus passou a noite orando antes de efetuar a escolha daqueles que iriam perpetuar seus ensinamentos. Jesus não deixou escritos doutrinários de próprio punho. Ele faria isso utilizando seus apóstolos.

Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.  “Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou como apóstolos” Lucas 6:12,13

6)    A ESCOLHA DOS APÓSTOLOS FOI PROPOSITAL

Escolheu doze, designando-os como apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem autoridade para expulsar demônios. Marcos 3:14,15

Jesus escolheu os apóstolos, primeiramente, para estarem com ele, aprenderem com ele e para segui-lo. Posteriormente, lhes deu a missão de pregar a palavra de Deus, já que primeiro é necessário aprender e só depois anunciar. E, por último, lhes concedeu autoridade e poder para expulsar demônios e fazer sinais.

7)   A ESCOLHA DOS 12 FOI SEGUIDA DE INSTRUÇÕES

1. Dê preferência às ovelhas perdidas (Mt 10.5,6);

Não se dirijam aos gentios, nem entrem em cidade alguma dos samaritanos. Antes, dirijam-se às ovelhas perdidas de Israel. Mateus 10:5,6

2. Pregai o Reino (Mt 10.7);

Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’. Mateus 10:7

3. Tenha sinais no seu ministério (Mt 10.8);

Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Mateus 10:8

4. De graça recebestes, de graça dai (Mt 10.8);

Vocês receberam de graça; dêem também de graça. Mateus 10:8

5. Creia na provisão de Deus (Mt 10. 9,10);

Não levem nem ouro, nem prata, nem cobre em seus cintos; não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão Mateus 10:9,10

6. A igreja deve prover o sustento do obreiro (Mt 10.10);

pois o trabalhador é digno do seu sustento. Mateus 10:10

7. Não se associe a ímpios (Mt 10. 11)

"Na cidade ou povoado em que entrarem, procurem alguém digno de recebê-los, e fiquem em sua casa até partirem. Mateus 10:11

8. Saudai com a Paz do Senhor a todos (Mt 10. 12,13)

Ao entrarem na casa, saúdem-na. Se a casa for digna, que a paz de vocês repouse sobre ela; se não for, que a paz retorne para vocês. Mateus 10:12,13

9. Faça sua parte, se não receberem a Palavra de Deus, sacuda o pó (Mt 10.14);

Se alguém não os receber nem ouvir suas palavras, sacudam a poeira dos pés, quando saírem daquela casa ou cidade. Mateus 10:14

10. O juízo virá, e ele pertence a Deus (Mt 10.15);

Eu lhes digo a verdade: No dia do juízo haverá menor rigor para Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade. Mateus 10:15

11. Serão como ovelhas no meio dos lobos (Mt 10. 16);

Eu os estou enviando como ovelhas entre lobos. Mateus 10:16

12. Sejam prudentes como a serpente (Mt 10.16);

Portanto, sejam prudentes como as serpentes Mateus 10:16

13. Sejam simples como a pomba (Mt 10.16);

simples como as pombas. Mateus 10:16

14. Haverá perseguição e sofrimento (MT 10. 17,18);

"Tenham cuidado, pois os homens os entregarão aos tribunais e os açoitarão nas sinagogas deles. Por minha causa vocês serão levados à presença de governadores e reis como testemunhas a eles e aos gentios. Mateus 10:17,18

15. O Espírito Santo lhes dará o que falar (Mt 10. 19,20);

Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizer. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês. Mateus 10:19,20

16. A família se levantará contra vocês (Mt 10.21);

"O irmão entregará à morte o seu irmão, e o pai o seu filho; filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão. Mateus 10:21

17. Serão odiados (Mt 10.22);

Todos odiarão vocês por minha causa Mateus 10:22

18. Deverão perseverar (Mt 10.22);

mas aquele que perseverar até o fim será salvo. Mateus 10:22

19. Mude de campo se necessário (Mt 10.23);

Quando forem perseguidos num lugar, fujam para outro Mateus 10:23

20. Procure ser como Cristo (Mt 10.24,25);

"O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se o dono da casa foi chamado Belzebu, quanto mais os membros da sua família! Mateus 10:24,25

21. Nada ficará encoberto, tudo será revelado (Mt 10.26,27);

"Portanto, não tenham medo deles. Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido. O que eu lhes digo na escuridão, falem à luz do dia; o que é sussurrado em seus ouvidos, proclamem dos telhados. Mateus 10:26,27

22. Não temas homens, somente a Deus (Mt 10.28);

Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno. Mateus 10:28

23. Tudo está sob o controle de Deus (Mt 10.29,30);

Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Mateus 10:29,30

24. São valiosos para Deus (Mt 10.31).

Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais! Mateus 10:31

8)  A ESCOLHA FOI UM SUCESSO

Adolf Pohl diz que por trás dos doze, estão os 120 de Atos 1.15, os 3.000 de Atos 2.41 e os 5.000 de Atos 4.4, a multidão, para nós incontável de Apocalipse 7.4,9 e, por fim, os povos abençoados na nova terra de Apocalipse 21.3,26. Os doze, portanto, são o cerne de um Israel restaurado e de uma raça humana renovada.

CONCLUSÃO

 Adolf Pohl disse que criar um grupo como esse era um risco incrível. Mas em Cristo, não há galileu nem judeu, nem conservador nem progressista, nem pescador, nem cobrador, nem zelote. Foi feito algo novo! Assim como os apóstolos, nós também temos limitações. Somos imperfeitos, temperamentais, erramos, caímos, tropeçamos. Mas, o poder está em Jesus. Naquele que chama para a obra.  Por isso, devemos ter o nosso coração iluminado para compreendermos o nosso chamado e da mesma forma que os apóstolos, nos dispormos para a obra do Reino de Deus.

ESTUDO 71 DE MARCOS

HUMILDADE, DIGNIDADE E TOLERÂNCIA RELIGIOSA

 (MC 9.38-41; LC 9.49-50)

Marcos encerra o relato do ministério de Jesus na região da Galileia ressaltando três ensinamentos importantes de Jesus aos seus discípulos.

1)      O PRIMEIRO ENSINAMENTO DE JESUS REFERE-SE À HUMILDADE (Mc 9.33-35)

                Os discípulos estavam discutindo sobre quem era o maior no reino dos céus. Na hierarquia cultural dessa época, a posição social desempenhava um papel muito importante. Jesus, então, explica aos discípulos sobre o ato de servir. No reino de Deus o maior é quem serve. Diferente dos valores mundanos que acredita que pessoas importantes possuem vários servos ao seu dispor, Jesus ensina que no reino de Deus, pessoas importantes são aquelas que estão mais dispostas a servir. O próprio Filho de Deus não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. (Mt 20.28)

2)      O SEGUNDO ENSINAMENTO DE JESUS REFERE-SE À DIGNIDADE

                Continuando seu ensinamento, Jesus pega uma criancinha em seu colo e diz aos discípulos: “Quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou”. A dignidade de cada ser humano criado à imagem e semelhança de Deus é exemplificada na criança de colo. Essa criatura tão frágil deve ser respeitada e receber a mesma dignidade do que qualquer outro ser humano. Todas as pessoas são dignas de respeito. Não importa sua cor, sua posição social, sua nacionalidade, seu sexo, sua idade.

3)      O TERCEIRO ENSINAMENTO DE JESUS REFERE-SE À TOLERÂNCIA RELIGIOSA

                Logo após o ensinamento de Jesus sobre dignidade, os discípulos comentam sobre um homem que estava expelindo demônios e que não seguiam com eles. Os discípulos o proibiram de fazer isso. Jesus, mais uma vez, ensina uma grande lição aos discípulos sobre tolerância religiosa.    A frase “porque não seguia conosco” não significa que o homem não era um seguidor de Cristo, pois ele exorcizou demônios em nome de Jesus. Essa frase apenas indica que ele não era um dos doze e não havia recebido autorização oficial. Jesus falou sobre servir, sobre respeitar a dignidade alheia e agora chama atenção à exclusão por parte do próprio povo de Deus. O fato ocorrido a mais de dois mil anos atrás se mostra perfeitamente atual. Quantas vezes o povo de Deus exclui pessoas de outras denominações porque são diferentes de sua igreja. Esse fato não permite o apoio a seitas e heresias, tão pouco ao ecumenismo, mas afirma que precisamos compreender que a nossa denominação não é a única que subirá pra morar com o Senhor. As igrejas podem ter algumas interpretações diferentes de algumas passagens bíblicas, como por exemplo, quanto aos dons espirituais, entretanto se possuem uma correta defesa da doutrina da salvação, somos irmãos em Cristo Jesus. Não estamos aqui na terra para atacar ou disputar com nossas igrejas irmãs, ao contrário, estamos todas unidas em atacar o inferno e resgatar as almas para Deus.

ESTUDO 70 DE MARCOS

SERVOS VIGILANTES (MC 13.33-37)

A segunda vinda de Cristo está próxima. Jesus pode voltar a qualquer momento. Essa parábola vem nos exortar e alertar sobre a tão esperada volta de Cristo.

1)    “ESTAI DE SOBREAVISO...” (V.33)

Jesus está avisando, alertando, notificando há quase dois mil anos que Ele voltará. Temos sinais na Bíblia, sinais no tempo, só não acredita quem não quer acreditar.

2)    “...VIGIAI...” (V.33)

Não devemos esperar de qualquer maneira. Como vigias, como atalaias por cima dos muros, devemos ficar alertas. Alertas para esperar, alertas para lutar contra os inimigos.

3)    “...[ORAI]...” (V.33)

A oração sustenta, dá forças, previne a queda, ajuda suportar  os dias até a volta de Jesus.

4)    “NÃO SABEIS QUANDO SERÁ O TEMPO”

O fato de não saber quando será a volta de Jesus, exige de nós prontidão ontem, hoje e amanhã. Devemos estar prontos a todo momento.

5)    “DÁ AUTORIDADE AOS SEUS SERVOS” (V.34)

Enquanto esperamos temos autoridade para expulsar o mal e lutar contra demônios.

6)    “...A CADA UM SUA OBRIGAÇÃO” (V.34)

Enquanto esperamos temos trabalho, Jesus não chamou preguiçosos ou pessoas à toa. Jesus chamou trabalhadores esforçados.

7)    “PARA QUE VINDO ELE INESPERADAMENTE NÃO VOS ACHE DORMINDO” (V.36)

Não deixe o fogo esfriar, não deixe sua vida de oração morrer, sua leitura bíblica esmorecer, sua consagração parar, sua disposição cansar, sua mente acomodar, sua vida espiritual adormecer.

CONCLUSÃO: Que tipo de servo você tem sido?

ESTUDO 69 DE MARCOS

SEPULTAMENTO, RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO DE CRISTO                              (MC 115.42-16.19; MT 27.57-28.20; LC 23.50-24.53; JO 19.38-20.31)

                Jesus passara por sofrimentos indescritíveis. Solidão, peso do pecado da humanidade, humilhação, sofrimento moral, escárnio, zombaria, dores físicas. Com um grande brado Jesus entregou seu espírito. Cumpriu sua missão terrena. Os inimigos de Jesus comemoravam, achando que o haviam derrotado, não sabiam eles que era apenas o início do caminho da vitória.

1)      O SEPULTAMENTO DE JESUS

·         Jesus morrera no dia da preparação, era uma sexta-feira, às 15:00 horas da tarde. A sexta-feira era chamada de o dia da preparação porque era o dia anterior ao sábado. A comida era preparada antes do pôr do sol, quando começa o sábado. Nesse caso em particular, José de Arimatéia, teve que trazer o linho, fazer os preparativos para o sepultamento de Jesus e preparar o túmulo durante as três horas, entre a morte de Jesus e o pôr do sol.

·         José de Arimatéia foi um fariseu piedoso e um seguidor secreto de Jesus. Mateus nos informa que José era rico e um discípulo de Jesus (Mt 27.57). Lucas diz que ele era membro do Sinédrio, homem bom e justo, que não tinha concordado com os demais quanto à crucificação de Jesus. (Lc 23.50,51) Marcos afirma que ele esperava o reino de Deus. (Mc 15.43)

·         Pilatos foi o governador romano da Judéia de 26 a 36 d.C. Como magistrado supremo, somente ele detinha o poder e o direito legal de sentenciar a pena capital. Da mesma forma, era necessário que ele autorizasse a remoção do corpo. Pilatos ficou admirado como Jesus morrera rapidamente. (Mc 15.44)

·         Foi José de Arimatéia que retirou o corpo de Jesus da cruz. Nicodemos está com ele e leva cerca de 34kg  de mirra e aloés. Preparam o corpo de Jesus com essa mistura e o envolve em faixas de linho, como é de costume entre os judeus na preparação dos corpos para a sepultura. (Jo 19.39)

·         Jesus foi depositado em um túmulo aberto nas rochas. De acordo com Mt 27.60, o túmulo pertencia a José e a sua família. Consistia tipicamente de uma câmara pintada com adornos que dava passagem a uma cripta em forma de gaveta cortada nas rochas. Cada cripta era selada com uma pedra redonda e pesada que era rolada até encaixar no vão feito na rocha.

·         Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde eles colocaram o corpo de Jesus.

2)      A RESSURREIÇÃO DE JESUS

·         Passado o sábado, ao pôr do sol, ou seja, após as 18:00 horas, as mulheres foram comprar aromas (Mc 16.1). Tratava-se de Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago. No domingo pela manhã, sendo o primeiro dia da semana, ao nascer do sol, se dirigiram ao sepulcro. (Mc 16.2)

·         As mulheres questionavam entre si sobre quem poderia remover a pedra (Mc 16.3). De acordo com estudiosos, as pedras de sepulcro necessitavam da força de vinte homens para removê-las.

·         Quando chegaram, perceberam que a pedra já havia sido removida de dentro para fora. Porque a morte não pode deter a Jesus (Mc 16.4). No salmo de número 16 e verso 10 está escrito: “Não permitirás que o teu santo veja a corrupção”, pois não deixarás minha alma na morte.”

·         Ao entrarem no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas. O jovem disse para que não tivessem medo. Ele avisou que Jesus já havia ressuscitado e que estava indo adiante delas para a Galileia. Os discípulos deveriam encontrá-lo lá. Mandou dizer de forma especial a Pedro que Jesus ressuscitara. (Mc 16.5-7) Esse jovem era um anjo.

·         Pedro corre ao sepulcro ao receber o recado do anjo. Ao chegar, vê apenas os lençóis e o túmulo vazio. 

·         Jesus faz sua primeira aparição a Maria Madalena. Os demais discípulos não acreditaram nela. (Mc 16.9) Ao aparecer primeiramente para uma mulher, Jesus mostra o valor feminino, afirmando que em nada são inferiores aos homens.

·         Apareceu a outras mulheres em Jerusalém. (Mt 28.9-10)

·         Aparecera a dois discípulos a caminho de Emaús. Mas, os demais não creram.(Lc 24.13-32)

·         Aparecera a Pedro em Jerusalém. (Lc 24.34)

·         A 10 discípulos numa casa. (Lc 24.13-32)

·         Apareceu a 11 discípulos, e Jesus, censurou-lhes a incredulidade. (Mc 16. 14-15)

·         A 7 discípulos enquanto pescavam. (Jo 21.1-25)

·         A 11 discípulos num monte. (Mc 16.15-18)

·         A mais de 500 em um lugar desconhecido, algum tempo depois. (1Co 15.6)

·         A Tiago. (1Co 15.7)

·         Aos seus discípulos no monte das Oliveiras, quarenta dias depois da páscoa. (Lc 24.44-51; At 1.3-9; 1C0 15.7)

·         Também a Paulo depois de sua ascensão, a caminho de Damasco. (At 9.1-19)

·         Jesus fora as primícias da ressurreição. Jesus vencera a morte e pisara na cabeça da serpente. O cordeiro que havia sido morto desde a fundação do mundo, também ressuscitara para a salvação do seu povo.

·         O túmulo estava vazio. Jesus ressuscitou!

3)      A ASCENÇÃO DE JESUS

·         Ocorreu quarenta dias após a ressurreição.

·         Ocorreu em Betânia, no Monte das Oliveiras, distante cerca de 3Km a leste de Jerusalém. (Lc 24.50)

·         Antes de subir aos céus, Jesus ergueu as mãos e abençoou. (Lc 24.50)

·         Deixou a ordem de ir e pregar. (Mc 16.15)

·         Deixou a ordem de batizar. (Mc 16.16)

·         Deixou a promessa de sinais. (Mc 16. 17-18)

·         Deixou a promessa de estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos. (Mt 28.20)

·         Deixou a condição para a salvação: As Boas Novas devem ser anunciadas e recebidas pelas pessoas, “quem crer e for batizado será salvo”, “quem não crer será condenado”.

CONCLUSÃO

Jesus cumpriu todo o seu propósito de forma gloriosa. Ele encarnou, tornando-se homem como nós. Exercera seu ministério: pregou, curou, libertou, salvou. Jesus foi o maior modelo de vida íntegra. Sua espiritualidade, moral e ética foram exemplares.  Sofrera a humilhação necessária para sua missão em todos os seus aspectos. Ele amou o mundo e a si mesmo se entregou. Ele morreu, mas ressuscitou. Esteve na terra, mas agora ascendeu aos céus. Está a direita de Deus, intercedendo por nós. Mas, sua maior promessa, rapidamente se cumprirá. Jesus voltará para nos buscar. Um povo remido e lavado no sangue do Cordeiro. Ora vem, Senhor Jesus!

ESTUDO 68 DE MARCOS

A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO       (MT 27.27-44; MC 15.16-32; LC 23.26-43; JO 19.16-27)

                Jesus veio a terra como homem para fazer a vontade do Pai. Vontade essa que consistia em salvar a humanidade perdida, condenada a sofrer a ira de Deus mediante seus pecados. Jesus veio promover a reconciliação entre o homem e Deus, salvando-o da morte eterna. Para tal, Cristo sofreu uma grande humilhação: sua prisão, seu julgamento, sua crucificação e morte. Jesus foi traído com um beijo, entregou-se para ser preso e foi abandonado por todos os seus discípulos. Posteriormente, Cristo passou por um julgamento judaico e civil, sendo ambos injustos e fraudulentos. Agora, Jesus estava sendo entregue aos soldados, para ser crucificado.

1)      MOMENTOS ANTES DA CRUCIFICAÇÃO

·         Jesus foi trocado por Barrabás. Soltaram o assassino e rebelde, condenaram o inocente e amoroso Filho de Deus.

·         Jesus foi açoitado.

·         Os soldados levaram Jesus para dentro do palácio, isto é, ao Pretório, e reuniram toda a tropa. Lá, eles zombaram de Jesus como Rei (Mc 15.17,18). Colocaram em Jesus uma vestimenta púrpura (típico da realeza), colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça e um caniço em sua mão direita. Saldavam a Jesus: “Salve, o rei dos judeus.” (Jo 19.2-3)

·         Zombaram de Jesus como Filho de Deus (Mc 15.19,20). Ajoelhavam na frente dele e prestavam adoração como forma de escárnio.

·         Batiam-lhe na cabeça com uma vara. (Mc 15.19)

·         Cuspiam nele. (Mc 15.19)

·         Tiraram-lhe as vestes e recolocaram suas roupas para crucificá-lo. (Mt 27.31)

2)      A CRUCIFICAÇÃO

·         Jesus estava extremamente machucado e sem forças para carregar a própria cruz até o Gólgota. A trave horizontal pesava entre 13 a 18 kg. Simão, o cirineu, foi obrigado a carregar a cruz de Cristo. Sua ação nos deixa um grande ensinamento. Todo aquele que quer seguir a Cristo, também deve carregar sua cruz, pagar seu preço. (Mt 27.32; Mc 15.21)

·         Um grande número de pessoas seguiam a Jesus, inclusive mulheres que lamentavam e choravam por ele. Jesus, a caminho da morte, se preocupa com elas, e as adverte sobre os sofrimentos que haveriam de vir. (Lc 23.27-31)

·         Jesus foi crucificado no Gólgota, que significa lugar da Caveira. Seu nome se deve ao formato do morro, mas também pela presença constante de corpos crucificados. (Mt 27.33; Mc 15.22)

·         Deram vinho misturado com fel, mas Jesus ao prová-lo se recusou a beber. Tal bebida era uma fórmula primitiva de analgésico. Jesus decidiu sentir toda a dor.  (Mt 27.34; Mc 15.23)

·         O sofrimento físico: A dor da crucificação. Jesus provavelmente sentira a dor da perfuração dos pregos, com rompimento dos tendões; as cãibras, asfixia; cada vez que Jesus tentava se levantar para respirar, seus pés e mãos eram rasgados ao sofrerem pressão.

·         O sofrimento espiritual: O que não tinha pecados fez-se pecador por nós. Aquele que era o Bendito do Pai fez-se maldição por nós. 

·         O sofrimento emocional: Cristo que sempre esteve em comunhão com o Pai, agora se encontra sozinho. Ele brada em alta voz por volta das três horas da tarde: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?”(MT 27.46)

·         O sofrimento moral: Jesus foi humilhado. Escarnecido, cuspido, esbofeteado, fora crucificado nu. Foi zombado como Filho de Deus. Foi zombado como o Rei dos judeus.

·         Dividiram suas vestes, tiraram sorte. (Mt 27.35; Jo 19.23-24)

·         Fora crucificado às 9:00 horas da manhã, como um cordeiro pascoal. Era o sacrifício matinal que a Páscoa de Moisés prefigurava. (Mc 15.25)

·         Colocaram uma placa sobre a cabeça de Jesus, sua acusação era: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS. A placa estava escrita em aramaico, latim e grego. (Mt 27.37; Mc 15.26; Lc 23.38; Jo 19.19)

·         Como malfeitores fora contado, crucificado entre dois ladrões. (Mc 15.27,28; Mt 27.38; Lc 23.32; Jo 19.18)

·         Mesmo antes da morte, com dores terríveis, Jesus pede para que o Pai perdoasse aqueles que o matariam. Não lhes imputando culpa, afirmou que eles não sabiam o que estavam fazendo. (Lc 23.34)

·         Jesus também se preocupa com sua mãe na hora de sua morte. Ele entrega Maria aos cuidados de seu discípulo João. (Jo 19.25-27)

·         O povo gritava para que Jesus se salvasse, mais uma forma de zombaria. Mas, Jesus permaneceu firme em seu propósito de morrer. (Mt 27.39,40; Lc 23.35)

·         Os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos também zombavam de Jesus. Diziam que Jesus havia salvado os outros e não podia salvar-se a si mesmo. Mal sabiam eles que, naquele momento Jesus estava salvando todos os eleitos do Senhor. Salvando-os para que pudessem desfrutar da vida eterna. Diziam ainda que, se Jesus descesse daquela cruz, eles creriam. Jesus poderia ter descido, mas não quis.

·          Os ladrões também insultavam a Jesus. (Mt 27.44; Mc 15.32)

·         Ao meio-dia houve trevas que se estenderam até três horas da tarde (Lc 23.44). Era o luto de Deus por seu Único Filho. (Am 8.9,10)

·         Jesus disse “tenho sede”. Deram-lhe vinagre, mais um ato de crueldade, na tentativa de manter Jesus acordado e prolongar-lhe o sofrimento. (Jo 19.28,29)

·         Jesus após provar o vinagre diz “está consumado”. (Jo 19.30)

·         Jesus bradou em alta voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” Tendo dito isso, expirou. (Lc 23.46)

·          O véu do templo se rasgou ao meio. A morte de Jesus foi o sacrifício final e definitivo pelo pecado. (Hb 7.27; Lc 23.45)

·         A terra tremeu, as rochas se partiram. (Mt 27.51)

·         Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. (Mt 27.52-53)

·         Os judeus não queriam que os corpos permanecessem na cruz durante o sábado, por isso, pediram a Pilatos que quebrassem as pernas dos crucificados. Porém, quando chegaram a Jesus, este já havia morrido. Então, um dos soldados perfurou-lhe o lado com uma lança, e saiu água e sangue. (Jo 19.31-37)

·         O centurião vendo o que acontecera reconhece Jesus como justo, ele louva a Deus. (Lc 23.47; Mt 27.54)

·         

O povo que se havia ajuntado para presenciar o que estava acontecendo, batia no peito e começou a afastar-se. (Lc 23.49)

]CONCLUSÃO

Não conseguimos imaginar o tamanho do sacrifício que Jesus fizera por nós. Ele se humilhou até a morte, e morte de cruz. Jesus ofereceu o sacrifício final e definitivo pelo pecado. O véu do templo se rasgou. Jesus firmou uma Nova Aliança, a salvação pela graça, através de sua morte vicária. A ira de Deus fora aplacada, e como afirma o pastor Hernandes Dias Lopes, “o maior crime do mundo revelou-se no maior triunfo de Deus.”

Jesus não fora pego de surpresa, Ele sabia o que lhe haveria de acontecer:

Eles estavam subindo para Jerusalém, e Jesus ia à frente. Os discípulos estavam admirados, enquanto os que o seguiam estavam com medo. Novamente ele chamou à parte os Doze e lhes disse o que haveria de lhe acontecer:
"Estamos subindo para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios,
que zombarão dele, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão. Três dias depois ele ressuscitará". Marcos 10:32-34

E mesmo assim, Jesus subiu a Jerusalém e se entregou para morrer por nós.