terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

ESTUDO 68 DE MARCOS

A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO       (MT 27.27-44; MC 15.16-32; LC 23.26-43; JO 19.16-27)


                Jesus veio a terra como homem para fazer a vontade do Pai. Vontade essa que consistia em salvar a humanidade perdida, condenada a sofrer a ira de Deus mediante seus pecados. Jesus veio promover a reconciliação entre o homem e Deus, salvando-o da morte eterna. Para tal, Cristo sofreu uma grande humilhação: sua prisão, seu julgamento, sua crucificação e morte. Jesus foi traído com um beijo, entregou-se para ser preso e foi abandonado por todos os seus discípulos. Posteriormente, Cristo passou por um julgamento judaico e civil, sendo ambos injustos e fraudulentos. Agora, Jesus estava sendo entregue aos soldados, para ser crucificado.



1)      MOMENTOS ANTES DA CRUCIFICAÇÃO


·         Jesus foi trocado por Barrabás. Soltaram o assassino e rebelde, condenaram o inocente e amoroso Filho de Deus.

·         Jesus foi açoitado.

·         Os soldados levaram Jesus para dentro do palácio, isto é, ao Pretório, e reuniram toda a tropa. Lá, eles zombaram de Jesus como Rei (Mc 15.17,18). Colocaram em Jesus uma vestimenta púrpura (típico da realeza), colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça e um caniço em sua mão direita. Saldavam a Jesus: “Salve, o rei dos judeus.” (Jo 19.2-3)

·         Zombaram de Jesus como Filho de Deus (Mc 15.19,20). Ajoelhavam na frente dele e prestavam adoração como forma de escárnio.

·         Batiam-lhe na cabeça com uma vara. (Mc 15.19)

·         Cuspiam nele. (Mc 15.19)

·         Tiraram-lhe as vestes e recolocaram suas roupas para crucificá-lo. (Mt 27.31)



2)      A CRUCIFICAÇÃO


·         Jesus estava extremamente machucado e sem forças para carregar a própria cruz até o Gólgota. A trave horizontal pesava entre 13 a 18 kg. Simão, o cirineu, foi obrigado a carregar a cruz de Cristo. Sua ação nos deixa um grande ensinamento. Todo aquele que quer seguir a Cristo, também deve carregar sua cruz, pagar seu preço. (Mt 27.32; Mc 15.21)

·         Um grande número de pessoas seguiam a Jesus, inclusive mulheres que lamentavam e choravam por ele. Jesus, a caminho da morte, se preocupa com elas, e as adverte sobre os sofrimentos que haveriam de vir. (Lc 23.27-31)

·         Jesus foi crucificado no Gólgota, que significa lugar da Caveira. Seu nome se deve ao formato do morro, mas também pela presença constante de corpos crucificados. (Mt 27.33; Mc 15.22)

·         Deram vinho misturado com fel, mas Jesus ao prová-lo se recusou a beber. Tal bebida era uma fórmula primitiva de analgésico. Jesus decidiu sentir toda a dor.  (Mt 27.34; Mc 15.23)

·         O sofrimento físico: A dor da crucificação. Jesus provavelmente sentira a dor da perfuração dos pregos, com rompimento dos tendões; as cãibras, asfixia; cada vez que Jesus tentava se levantar para respirar, seus pés e mãos eram rasgados ao sofrerem pressão.

·         O sofrimento espiritual: O que não tinha pecados fez-se pecador por nós. Aquele que era o Bendito do Pai fez-se maldição por nós. 

·         O sofrimento emocional: Cristo que sempre esteve em comunhão com o Pai, agora se encontra sozinho. Ele brada em alta voz por volta das três horas da tarde: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?”(MT 27.46)

·         O sofrimento moral: Jesus foi humilhado. Escarnecido, cuspido, esbofeteado, fora crucificado nu. Foi zombado como Filho de Deus. Foi zombado como o Rei dos judeus.

·         Dividiram suas vestes, tiraram sorte. (Mt 27.35; Jo 19.23-24)

·         Fora crucificado às 9:00 horas da manhã, como um cordeiro pascoal. Era o sacrifício matinal que a Páscoa de Moisés prefigurava. (Mc 15.25)

·         Colocaram uma placa sobre a cabeça de Jesus, sua acusação era: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS. A placa estava escrita em aramaico, latim e grego. (Mt 27.37; Mc 15.26; Lc 23.38; Jo 19.19)

·         Como malfeitores fora contado, crucificado entre dois ladrões. (Mc 15.27,28; Mt 27.38; Lc 23.32; Jo 19.18)

·         Mesmo antes da morte, com dores terríveis, Jesus pede para que o Pai perdoasse aqueles que o matariam. Não lhes imputando culpa, afirmou que eles não sabiam o que estavam fazendo. (Lc 23.34)

·         Jesus também se preocupa com sua mãe na hora de sua morte. Ele entrega Maria aos cuidados de seu discípulo João. (Jo 19.25-27)

·         O povo gritava para que Jesus se salvasse, mais uma forma de zombaria. Mas, Jesus permaneceu firme em seu propósito de morrer. (Mt 27.39,40; Lc 23.35)

·         Os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos também zombavam de Jesus. Diziam que Jesus havia salvado os outros e não podia salvar-se a si mesmo. Mal sabiam eles que, naquele momento Jesus estava salvando todos os eleitos do Senhor. Salvando-os para que pudessem desfrutar da vida eterna. Diziam ainda que, se Jesus descesse daquela cruz, eles creriam. Jesus poderia ter descido, mas não quis.

·          Os ladrões também insultavam a Jesus. (Mt 27.44; Mc 15.32)

·         Ao meio-dia houve trevas que se estenderam até três horas da tarde (Lc 23.44). Era o luto de Deus por seu Único Filho. (Am 8.9,10)

·         Jesus disse “tenho sede”. Deram-lhe vinagre, mais um ato de crueldade, na tentativa de manter Jesus acordado e prolongar-lhe o sofrimento. (Jo 19.28,29)

·         Jesus após provar o vinagre diz “está consumado”. (Jo 19.30)

·         Jesus bradou em alta voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” Tendo dito isso, expirou. (Lc 23.46)

·          O véu do templo se rasgou ao meio. A morte de Jesus foi o sacrifício final e definitivo pelo pecado. (Hb 7.27; Lc 23.45)

·         A terra tremeu, as rochas se partiram. (Mt 27.51)

·         Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. (Mt 27.52-53)

·         Os judeus não queriam que os corpos permanecessem na cruz durante o sábado, por isso, pediram a Pilatos que quebrassem as pernas dos crucificados. Porém, quando chegaram a Jesus, este já havia morrido. Então, um dos soldados perfurou-lhe o lado com uma lança, e saiu água e sangue. (Jo 19.31-37)

·         O centurião vendo o que acontecera reconhece Jesus como justo, ele louva a Deus. (Lc 23.47; Mt 27.54)
·         
O povo que se havia ajuntado para presenciar o que estava acontecendo, batia no peito e começou a afastar-se. (Lc 23.49)


]CONCLUSÃO


Não conseguimos imaginar o tamanho do sacrifício que Jesus fizera por nós. Ele se humilhou até a morte, e morte de cruz. Jesus ofereceu o sacrifício final e definitivo pelo pecado. O véu do templo se rasgou. Jesus firmou uma Nova Aliança, a salvação pela graça, através de sua morte vicária. A ira de Deus fora aplacada, e como afirma o pastor Hernandes Dias Lopes, “o maior crime do mundo revelou-se no maior triunfo de Deus.”

Jesus não fora pego de surpresa, Ele sabia o que lhe haveria de acontecer:

Eles estavam subindo para Jerusalém, e Jesus ia à frente. Os discípulos estavam admirados, enquanto os que o seguiam estavam com medo. Novamente ele chamou à parte os Doze e lhes disse o que haveria de lhe acontecer:
"Estamos subindo para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios,
que zombarão dele, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão. Três dias depois ele ressuscitará". Marcos 10:32-34


E mesmo assim, Jesus subiu a Jerusalém e se entregou para morrer por nós.