sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

ESTUDO 13 DE MARCOS


 VINHO NOVO? ODRES NOVOS!
 (MC 2.21-23)


INTRODUÇÃO

Algumas pessoas vieram a Jesus e lhe interrogaram acerca do jejum. Jesus respondeu-lhes de forma clara, explicando que a vida cristã não é um ritual religioso. Dando complemento a resposta, Jesus utiliza a ilustração do vinho novo colocado em odres novos.

Segundo a Bíblia de Estudos NVI, “nos tempos antigos, usavam-se odres feitos de pele de cabra para guardar o vinho. À medida que o suco de uvas frescas fermentava, o vinho se expandia, e os odres novos se esticavam.” Caso o vinho novo fosse colocado em um odre já usado, ele seria esticado mediante a fermentação do suco de uva e acabaria estourando.

 Jesus traz uma novidade que não pode ser confinada em formas antigas. Ele trouxe um novo tempo que exige novas mentes.



VERDADES EXTRAÍDAS

1)    A VIDA CRISTÃ NÃO SE ACONDICIONA A VELHAS ESTRUTURAS

O vinho novo do cristianismo não se acondiciona dentro do velho odre do judaísmo. O judaísmo era uma religião fechada, carregada de leis e normas que aprisionavam todos os seus seguidores.

A Lei era como um jugo colocado sobre os ombros de toda a nação de Israel. Um jugo que o apóstolo Pedro disse ser insuportável, durante o Concílio de Jerusalém:

Então, por que agora vocês estão querendo tentar a Deus, impondo sobre os discípulos um jugo que nem nós nem nossos antepassados conseguimos suportar?
At 15.10

O jugo da Lei, como um sistema fechado, faz com que o homem:

·        Tente agradar a Deus, que passa a ser o alvo de sua vida e sua maior frustração.

·        Tente conseguir o favor de Deus mediante a troca.

·        Tente se santificar através de esforço próprio, mesmo sabendo que a salvação é pela graça.

·        Tenha medo constante do castigo de Deus, e sempre pensa em um Deus irado.

·        Sinta constantemente o peso da culpa do pecado, e não consiga compreender o perdão de Deus mediante o arrependimento humano.

·        Ache que precise de punição pelos seus pecados. Ao invés de, pedir misericórdia, pede castigo para que possa ser perdoado.

·        Sinta-se constantemente desqualificado. A Lei faz com que o homem se sinta indigno de ser usado por Deus, ele sente-se inferior e abaixo do padrão.

·        Ache que sua benção é fruto de merecimento. Por isso, quando recebe algo de Deus acredita que mereceu e que seu esforço valeu a pena.

Dessa forma, a graça de Deus não pode ser acondicionada dentro do legalismo. A graça é o “favor imerecido”, é Deus fazendo tudo para uma humanidade que não merece nada. Segundo Philip Yancey, “a Graça significa que não há nada que eu possa fazer para Deus me amar mais e  nada que eu possa fazer para Deus me amar menos”.

A graça que veio do céu, encarnando com Jesus, foi derramada sobre toda a humanidade e não pode se encaixar dentro do forte legalismo judaico. O legalismo judaico era um velho odre que não suportaria o vinho novo.


2)    A VIDA CRISTÃ NÃO REFORMA VELHAS ESTRUTURAS

Assim como o velho odre não suportaria o vinho novo, a roupa velha não aguentaria um remendo de pano novo, ela se romperia e abriria um rasgo pior. O legalismo judaico não suportaria reformas.

Segundo a Wikipédia:

“Os 613 mandamentos ou 613 mitzvot (do hebraico:תרי"ג מצוות ou Taryag mitzvot sendo TaRYaG um acrônimo do valor numérico "613") é o nome dado ao conjunto de todos os mandamentos que, de acordo com o judaísmo, constam na Torá (os cinco livros de Moisés). De uma forma geral, a expressão "A Lei de Moisés" (em hebraico Torat Moshé תורת משה) também é utilizada em referência ao corpo legal judaico.

Apesar de que houve muitas tentativas de codificar e enumerar os mandamentos contidos na Torá, a visão tradicional é baseada na enumeração de Maimônides. De acordo com essa tradição, estes 613 mandamentos estão divididos em "mandamentos positivos", no sentido de realizar determinadas ações (mitzvot assê, mandamentos do tipo "faça!", obrigações) e "mandamentos negativos", na qual se deve abster de certas ações (mitzvot ló taassê, mandamentos do tipo "não faça!", proibições). Existem 365 mandamentos negativos, correspondendo ao número de dias no ano solar, que é como se cada dia dissesse à pessoa "Não cometa uma transgressão hoje"; e 248 mandamentos positivos, relacionado ao número de ossos ou órgãos importantes no corpo humano,[2] isto é, como se cada membro dissesse à pessoa: "Cumpra um preceito comigo".”

Com tantas leis, como o homem conseguiria cumpri-las? Como poderia ser feito uma reforma? Seria possível criar mais leis na tentativa de organizá-la segundo a graça de Deus? Não existe ementa para explicar o novo tempo da graça inaugurado por Cristo. Graça é graça. A lei me mostra que o homem pecou, ela aprisiona e o condena. A graça me mostra o perdão imerecido, a liberdade por meio de Cristo, e a paz da reconciliação com Deus.

Não existe uma reforma na Lei capaz de explicar o valor e os benefícios da cruz de Cristo.


3)    A VIDA CRISTÃ É ROUPA NOVA E ODRE NOVO

Jesus é o vinho novo, para recebê-lo preciso de um odre novo. Jesus é o tecido novo, ele faz para o seu povo roupas novas:

·        Em Cristo somos justificados pela fé;

·        Em Cristo temos perdão para nossos pecados;

·        Em Cristo conhecemos a plenitude do amor de Deus;

·        Em Cristo encontramos descanso;

·        Em Cristo somos reconciliados e temos paz com Deus;

·        Em Cristo somos livres de qualquer maldição;

·        Em Cristo podemos adentrar o lugar santíssimo;

·        Em Cristo somos transformados de glória em glória;


·        Em Cristo somos selados pelo Espírito Santo e tornarmos sua habitação;

·        Em Cristo somos novas criaturas e nascemos de novo;

·        Em Cristo temos vestes novas de santificação.



Portanto, para receber Cristo é preciso ser um vaso novo, experimentando um novo nascimento. E nossas vestes, não são reformadas, são vestes novas de santidade. O seu manto de justiça se estende a nós, e tudo se faz novo. Glória a Deus! 


Em Cristo,

Miss. Daniela F. Ferreira