quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

ESTUDO 8 DE MARCOS

8- O MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO
 (MC 1.38,39)

E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim. E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios.

INTRODUÇÃO

Jesus Cristo iniciou seu ministério quando tinha 30 anos de idade. Dos quatro ministérios (cura, libertação, oração e pregação), o ministério da pregação ocupava seu alvo central. Jesus pregava com toda autoridade, porque não existe maior autoridade do que o próprio Deus. Jesus é o Verbo, a Palavra, as Escrituras existiam para anunciar a sua chegada. E como o Verbo Ele pregou, cumprindo os propósitos de Deus para sua encarnação. Ninguém jamais pregou como Jesus. Ninguém jamais pregará como Jesus. Ele é o nosso maior exemplo de ministro da Palavra. Em Jesus devemos nos espelhar para exercermos o nosso ministério. Devemos pregar o que Jesus pregou e como ele pregou.

12 ENSINAMENTOS ACERCA DO MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO DE JESUS CRISTO

1)      A PREGAÇÃO OCUPAVA LUGAR CENTRAL NO MINISTÉRIO DE CRISTO (1.38). Jesus disse que foi para pregar que ele veio à terra. Não foi para curar, fazer milagre, expulsar demônios; tudo isso seria consequência do seu ministério principal, apregoar a palavra de Deus. Essa é a nossa missão principal, o ministério da pregação. Os sinais apenas nos seguirão. Spurgeon dizia aos seus alunos: “Se os reis vos convidarem para serdes ministros de Estado, não vos rebaixeis, deixando o honrado posto de embaixadores de Deus.”

2)      A PREGAÇÃO PARA JESUS ERA MAIS IMPORTANTE DO QUE OS MILAGRES: Ele quis ser lembrado por sua morte e não por seus milagres. Foi pela pregação que a Igreja começou e foi estabelecida. É pela pregação que ela cresce saudavelmente. Pela pregação os pecadores são despertados. Pela pregação os santos são edificados.

3)      JESUS PREGAVA DE FORMA ESTRATÉGICA: Quando Jesus foi expulso de Nazaré foi para Cafarnaum. A maior e mais populosa das cidades pesqueiras. Era um local em que a palavra semeada poderia ser mais facilmente disseminada. Jesus não insistia em cidades cujas portas estão fechadas. Da mesma forma, Paulo falava à respeito das portas que Deus abria para sua pregação. Não devemos perder tempo diante das portas fechadas, devemos aproveitar as portas abertas. Não somos nós que abrimos as portas, mas Deus. Por isso, na hora certa, Deus também abrirá as que agora estão fechadas. Devemos continuar orando.

4)      JESUS USOU PONTES PARA ENSINAR A PALAVRA: Jesus usou como ponte a sinagoga. Para cada grupo de 10 famílias havia uma sinagoga. Ela também era lugar de reuniões da comunidade e servia como tribunal e escola. Elas eram dirigidas por leigos e não por rabinos e mestres ou pregadores permanentes. Dessa maneira, os mestres visitantes sempre eram convidados para ensinar. Nossa ponte pode ser um centro comunitário, a casa de um irmão, um evento comemorativo, até mesmo um funeral. Qualquer coisa que nos ligue a mais pessoas e que nos sejam abertas as portas.

5)      JESUS SEMPRE IA A IGREJA: Jesus era um pregador que tinha o hábito de estar na casa de Deus não apenas para pregar, mas para adorar e aprender. Existem pregadores que se acham autossuficientes e que pensam não precisar ir ao culto de ensino ou até mesmo de escutar a pregação de outro irmão, por se julgar mais culto que ele. Jesus sabia tudo, e mesmo sendo Deus, ia ao culto somente para adorar.

6)      JESUS UNE CONHECIMENTO E PODER ESPIRITUAL: É poderoso em palavras e também em obras. Pregava com conhecimento e cheio do poder e da unção do Espírito Santo. Pedro disse: “Antes crescei na graça e no conhecimento do Senhor Jesus” (2Pe 3.18).

7)      JESUS COMO PREGADOR NUNCA SEPAROU PALAVRA DE AÇÃO. Ele pregava e testemunhava. O problema dos pregadores atuais é que pregam aos ouvidos e não aos olhos. Falam, porém não vivem. Conhecem, porém não acreditam. Pregam, porém sem virtude e unção.

8)      JESUS COMO PREGADOR NUNCA SEPAROU CORPO DA ALMA: Ele saciava a fome física e espiritual, curava enfermidades físicas e espirituais. Havia no ministério de Jesus ação social e ação espiritual.

9)      JESUS COMO PREGADOR NUNCA SEPAROU A TERRA DO CÉU: Ele pregava sobre como viver corretamente a vida terrena de olho na vida celestial. Há pessoas que estão preocupadas com o céu e esquecem-se da terra. Outras estão preocupadas com a terra e esquecem-se do céu.

10)   JESUS PREGOU COM AUTORIDADE PORQUE ELE É A PRÓPRIA VERDADE: Os mestres quando iam ensinar precisavam de fontes para dar credibilidade ao seu ensino. Jesus não precisava citar fontes, ele é a fonte.

11)   JESUS PREGOU COM FIDELIDADE A PALAVRA DE DEUS: Não torceu as Escrituras, não ensinou doutrina de homens. Os escribas da época falharam no conteúdo da pregação, porque ensinaram doutrina humana ao invés da Palavra de Deus. Falharam no método, porque ensinaram de forma fria, sem zelo e amor. Falharam no propósitos, porque pregavam não para salvar, mas para a própria glória. Jesus sempre pregou a palavra de Deus, com amor e zelo, para glória de Deus.


12)   JESUS PREGOU COISAS ETERNAS: Apesar de levar em conta as coisas terrenas, o alvo de Jesus eram as coisas eternas. Não podemos perder nosso foco. Como cidadãos celestiais não deixemos de apregoar as coisas celestiais. A volta de Jesus Cristo, os dons espirituais, a Nova Jerusalém, os galardões, o céu, o inferno devem fazer parte da pregação de todos os ministros do Evangelho.


 



Estudo baseado no livro de Marcos - Pastor Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos