ESTUDO 23 DE ATOS DOS APÓSTOLOS: OS DISCÍPULOS PASSAM A SER CHAMADOS CRISTÃOS (11.25,26)

 

 

O discípulo de Cristo chamado Barnabé, nos deu um maravilhoso exemplo de como ajudar os novos cristãos. Ele demonstrou uma fé firme; ministrou alegremente, oferecendo generosidade e encorajamento; e ensinou aos novos convertidos lições adicionais a respeito de Deus. Enquanto isso, Saulo havia sido enviado à sua casa em Tarso por motivo de segurança, depois de sua conversão causar um alvoroço junto aos líderes judeus em Jerusalém (9.26-30). Saulo permaneceu em Tarso por vários anos, antes de Barnabé levá-lo para ajudar a Igreja em Antioquia.

A Igreja em Antioquia era uma curiosa mistura de judeus que falavam grego e/ou aramaico, e gentios. É significativo que este seja o primeiro lugar onde os crentes em Jesus foram chamados de cristãos. Barnabé e Saulo permaneceram em Antioquia durante um ano inteiro, ensinando os novos cristãos. Poderiam ter ido a outras cidades, mas viram a importância do discipulado. Analisemos algumas questões do discipulado e os chamados cristãos.

 

1-     O DISCIPULADO UNE PESSOAS DIFERENTES SOB A MESMA FÉ: Os crentes de Antioquia eram pessoas de várias culturas, nacionalidades e língua. A única coisa que  aquelas pessoas tinham em comum era Cristo; não se identificavam pela naturalidade, pela cultura nem pelo idioma. O amor de Cristo ultrapassa todas as fronteiras e une todas as pessoas. Os discípulos de Cristo representam um único rebanho sob o domínio do grandioso Pastor, não importa a sua denominação, seu país de origem, sua idade ou sua língua.

2-     O DISCÍPULO DE CRISTO SE PARECE COM CRISTO E NÃO COM O MUNDO: Quando olhamos para um cristão esperamos que ele se pareça com Cristo. Esperamos sentir nele o perfume de nosso Senhor. Ele não deve se parecer ou lembrar o mundanismo que vigora sob o império da maldade. O mundo é egoísta, o cristão é cheio de compaixão. O mundo é avarento, o cristão busca as riquezas celestiais e não terrenas. O mundo é carnal, o cristão é espiritual. O mundo inspira guerras, o cristão inspira paz. O mundo é infiel, o cristão é fiel. O mundo é cheio de ódio, o cristão cheio de amor. O mundo é cheio de amarguras, o cristão é cheio de perdão.

3-     O DISCÍPULO PRECISA NEGAR A SI MESMO: Abrir mão de sua vontade própria para seguir a vontade de Deus. Não significa ser um estagnado intelectual ou um recluso diante da sociedade. Fala de negar sua carnalidade para viver de acordo com santidade proposta por Deus aos seus filhos. Até mesmo Jesus, em sua oração no Getsêmani, pediu que Deus afastasse aquele cálice de sofrimento diante dele; entretanto, logo em seguida anunciou que a vontade que deveria prevalecer era a vontade de Deus. Renunciar seu eu, abrir mão do seu ego, abdicar suas vontades. Juridicamente fala de abandono de direito por seu titular, é abrir mão de seus direitos em favor de outrem. A renúncia cristã envolve matar o ego e deixar Cristo viver em nós.

4-     O DISCÍPULO DEVE TOMAR A CRUZ PARA CAMINHAR: O discípulo convertido recebe uma cruz que deve ser carregada até o fim de sua caminhada. É preciso caminhar e carregar dia após dia essa cruz, vivendo uma vida de renúncia, de trabalho, de amor e compaixão. A cruz simboliza tudo aquilo que Cristo conquistou por meio de sua morte. É o símbolo da vitória, é a arma que derrotou a Satanás. Não dá para ser cristão, ser discípulo e deixar nossa cruz de lado. A cruz que carregamos não é a cruz de Cristo. A cruz de nosso Senhor jamais poderíamos ou conseguiríamos carregar, já que ela trazia sobre si todos os pecados da humanidade. A cruz que carregamos é própria, portanto cada um deve carregar sua própria cruz, ela é do tamanho exato que conseguimos suportar. Enfrentamos vales e desertos que só podem ser ultrapassados através dessa cruz.

5-     O DISCÍPULO ESTÁ EM CONSTANTE CRESCIMENTO: Precisamos crescer e amadurecer na fé por meio do ensino e do estudo constante da Bíblia. É necessário que o discípulo estude a Bíblia diariamente, como um alimento espiritual para que possa crescer em graça e sabedoria. A nossa mente precisa compreender a mensagem bíblica, o nosso coração precisa amar essa Palavra e o nosso corpo precisa praticar esses ensinamentos. Cristão precisa caminhar, precisa crescer.

6-     O DISCÍPULO É UM APRENDIZ DE CRISTO: O discípulo aprende do seu Mestre, portanto é preciso que o discípulo ouça a Jesus (Mt 15.5), aprenda com Jesus (Mt 11.29), e obedeça a Jesus (Jo 2.5).

 

CONCLUSÃO: Não existe conversão sem discipulado. O discípulo é aquele que caminha dia após dia atrás de seu Mestre para aprender mais e mais com ele. Nosso professor é Cristo, nossa tarefa é ser discípulo e fazer novos discípulos. Todo aquele que aprende tem o dever de ensinar.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA, BÍBLIA DE ESTUDO NVI (notas de rodapé).

 

 

ESTUDO 22 DE ATOS DOS APÓSTOLOS: BARNABÉ (AT 11.19-30)

 

 

“Todo grupo precisa de um encorajador, porque todos precisamos ser animados de vez em quando. Porém, o valor do encorajamento é frequentemente ignorado, porque tende a ser mais particular do que público. De fato, as pessoas precisam mais de estímulo quando se sentem sozinhas. Um homem chamado José era tão encorajador que ganhou dos cristãos o apelido de Barnabé, nome que significa “filho da consolação”. Ele era dedicado às pessoas, encorajava e oferecia grande ajuda àqueles que estavam a sua volta. É maravilhoso perceber que, onde quer que estivesse, Barnabé tenha encorajado cristãos, e os nãos cristãos afluíram para se tornarem crentes!” (Bíblia Aplicação pessoal, pg. 1509) Vejamos algumas qualidades de Barnabé:

 

1-     HOMEM BOM (At 11.24): Barnabé é o único homem da Bíblia a ser chamado de bom. Jó foi chamado de reto, justo, temente a Deus e que se desviava do mal, mas não de bom. Abraão foi chamado amigo de Deus, mas não de bom. Enoque andou com Deus e foi trasladado, mas não foi chamado de bom. Esse privilégio pertence apenas a Barnabé. Sua bondade refere-se a não pensar em si próprio, mas sempre no outro. Ele promovia a bondade. Seu coração era bom. Suas ações eram boas.

2-     HOMEM CHEIO DO ESPÍRITO SANTO: Não basta ter o Espírito Santo, é preciso ser cheio, como uma taça que transborda. Quando o Espírito Santo transborda Ele pode ser demonstrado às pessoas que estão ao nosso redor. Barnabé era um homem que transbordava a presença de Deus (At 11.24). Sua vida era dirigida, organizada e pautada na presença de Deus.

3-     HOMEM CHEIO DE FÉ (At 11.24): Barnabé cria sem duvidar nos projetos de Deus para a sua vida e para o Reino de Deus. Barnabé enxergava o mundo pela ótica da fé, dos olhos espirituais, ainda que seus olhos carnais vissem ao contrário. Fé é crer no invisível, tocar no inatingível e esperar o impossível.

4-     CHEIO DE COMPAIXÃO E MISERICÓRDIA: Foi um dos primeiros a vender suas posses para ajudar os cristãos em Jerusalém. Barnabé não tinha apego pelas coisas materiais. Fazer a vontade de Deus e ajudar o próximo era o mais importante de sua vida. A ganância, a busca pelo dinheiro e o acúmulo de riquezas tendem a dominar o coração e não deixar que o amor, a compaixão e a misericórdia entrem.

5-     MISSIONÁRIO: Foi o primeiro a viajar com Paulo formando um grupo missionário. Barnabé e Paulo foram enviados pela igreja de Antioquia em uma viagem missionária. A igreja o separou para um propósito especial, anunciar a Palavra de Deus pela Ásia Menor. Sua primeira parada foi a Ilha de Chipre, terra natal e lar de Barnabé. Ele começou sua missão em seu lar.

6-     ENCORAJADOR DO APÓSTOLO PAULO: Era um encorajador, como mostra seu apelido. Aonde chegava, Barnabé trazia consigo, coragem e motivação para as pessoas. Foi Barnabé o responsável por incluir o apóstolo Paulo no círculo cristão dos demais discípulos. As pessoas não acreditavam na conversão de Paulo, sua fama de perseguidor estava incrustada na mente dos cristãos. Paulo foi deixado de lado, mas Barnabé foi até ele e o apresentou aos demais discípulos (At 9.27). Posteriormente, quando estava em Antioquia, Barnabé buscou Paulo para o trabalho missionário entre os gentios (At 11.25,26).

7-     ENCORAJADOR DE JOÃO MARCOS: Cabe também a Barnabé o desenvolvimento ministerial de João Marcos, seu sobrinho. Após Marcos abandonar Paulo e Barnabé em uma viagem missionária, Paulo ficou ressentido e decidiu não levar mais Marcos em nenhuma viagem missionária. Barnabé insistiu de tal forma que promoveu a separação entre Barnabé e Paulo. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Paulo levando consigo a Silas, partiu para a sua segunda viagem missionária (At 15. 36-40). Através da ação de Barnabé, Marcos aprendeu bastante e, inspirado pelo Espírito Santo, nos deixou o Evangelho de Jesus Cristo escrito por Marcos.

CONCLUSÃO: Barnabé foi um homem bom, cheio do Espírito Santo, cheio de fé, compaixão e misericórdia. Encorajou o apóstolo Paulo, encorajou João Marcos. Deste modo, tornou-se uma das pessoas mais influentes no início do Cristianismo. Graças ao seu incentivo, Paulo pode se tornar um vaso de honra nas mãos do Senhor e nos deixar treze epístolas. João Marcos nos deixou o Evangelho. Assim como Barnabé devemos colocar nossa vida no altar e levar outras pessoas a desenvolverem seu ministério. Seja um incentivador para seus irmãos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA, BÍBLIA DE ESTUDO NVI.

 

ESTUDO 21 DE ATOS DOS APÓSTOLOS: CORNÉLIO (10.1-11.18)

O início do Cristianismo foi emocionante, o Espírito de Deus atuou e as vidas das pessoas foram transformadas. A cada dia havia novos convertidos de diferentes formações. Até o temido Saulo tornou-se cristão, e os gentios estavam respondendo às Boas Novas de Jesus. Em meio aos primeiros cristãos estava o capitão romano Cornélio.           Por causa das frequentes e violentas revoltas, os soldados romanos tiveram que se instalar em Israel a fim de manter a paz. Mas a maioria dos romanos era odiada, por ser um povo de conquistadores, e não se dava bem com a nação de Israel. Como um oficial do exército, Cornélio estava em uma posição difícil. Ele representava Roma, mas sua residência era em Cesaréia. Durante os anos que passou em Israel, Cornélio foi conquistado pelo Deus dos israelitas. Tinha a reputação de ser um homem religioso, que colocava a sua fé em ação e era respeitado pelos judeus.

                Deus disse a Cornélio que mandasse buscar Pedro, porque o apóstolo lhe traria mais conhecimento a respeito de Deus a quem ele já tentava agradar. Deus dera uma visão a Pedro, um lençol no qual havia animais quadrúpedes de todos os tipos, répteis e aves do céu. De acordo com a lei judaica, era proibido consumir determinados alimentos (Lv 11). A lei sobre alimentação tornava difícil aos judeus comerem com os gentios, sem que houvesse risco de contaminação. De fato, os gentios frequentemente eram vistos pelos judeus como “imundos”. A visão de Pedro significava que ele não deveria considerar os gentios como pessoas inferiores e indignas de serem redimidos por Deus. Antes de ter a visão, Pedro pensava que um oficial romano gentio não poderia aceitar a Cristo. Posteriormente, ele entendeu que era sua responsabilidade ir com os mensageiros a uma casa de gentios, e falar a Cornélio sobre Cristo.

Ao entrar na casa de Cornélio, Pedro infringiu uma série de regulamentos judaicos. Confessou que não estava à vontade, mas ali havia um público ansioso, e ele não poderia negar-se a pregar o evangelho. Assim que Pedro começou a compartilhar as Boas Novas, Deus demonstrou sua aprovação àquela família romana, enchendo-a com seu Espírito Santo. Pedro percebeu que não tinha escolha a não ser batizá-los e dar-lhes as boas vindas como membros da crescente igreja cristã. Com essa conversão, outro passo foi dado para levar o evangelho ao mundo inteiro.

Alguns aspectos significativos do caráter de Cornélio:

 

1-     ERA PIEDOROS (AT 10.2): Cornélio era um homem que demonstrava amor pelas coisas religiosas. Ele conhecia o Deus verdadeiro e tinha afeição pelo judaísmo e cristianismo que era divulgado. A piedade de acordo com o contexto refere-se amor às doutrinas, devoção diante das verdades que ele conhecia.

 

2-     ERA TEMENTE A DEUS COM TODA A SUA FAMÍLIA (AT 10.2): Não somente ele, mas toda a sua família temia a Deus, honrando e respeitando ao Senhor. Havia reverência a Deus. O temor a Deus não está relacionado ao medo de ir para o inferno, mas ao medo de fazer algo contrário à Palavra de Deus que ofenda a Santidade de Deus.

 

3-     ERA UM HOMEM QUE PRATICAVA BOAS AÇÕES DANDO ESMOLAS AOS POBRES (AT 10.2): Assim como Dorcas, Barnabé e diversos personagens bíblicos, Cornélio ajudava ao próximo, acudia ao necessitado. Ele era um homem generoso, que não fechava os olhos diante dos problemas sociais, e que, ao contrário, buscava suprir a carência alheia.

 

4-     ERA UM HOMEM QUE ORAVA DE CONTÍNUO (AT 10.2): Não orava de vez em quando, não buscava a Deus apenas na hora da necessidade. Havia comunhão com o Criador. Cornélio já cumpria os ensinamentos de Paulo que apregoava orar sem cessar ( 1Ts 5.17).

 

5-     TINHA VISÃO ESPIRITUAL (AT 10.3): Dom não é sinônimo de salvação. Cornélio viu o anjo e este falou com ele, entretanto Cornélio não era salvo.

 

6-     TINHA OBEDIÊNCIA IMEDIATA (AT 10.7,8): O anjo apareceu, deu a ordem, Cornélio obedeceu imediatamente.

 

7-     ERA HOMEM RETO (AT 10.22): Possuía caráter honesto e justo. Não defraudava o semelhante. Não agia injustamente. Não possuía dois pesos e duas medidas.

 

8-     TINHA BOM TESTEMUNHO DE TODA A NAÇÃO JUDAICA (AT 10.22): Ele não impressionava somente algumas pessoas, mas toda a nação judaica conhecia seu bom testemunho.

 

9-     FALTAVA UM CONHECIMENTO MAIS PROFUNDO (AT 10.25): Apesar da boa intenção, Cornélio adorou a Pedro sem saber que era errado. Adorou a criatura o que o nosso Criador não permite. Glória somente a Deus.

 

10-   FOI BATIZADO COM O ESPÍRITO SANTO (AT 10.44-46): Recebeu salvação. Nosso Senhor que não faz acepção de pessoas demonstra seu amor ao salvar pecadores.

 

CONCLUSÃO: Cornélio nos deixa um exemplo a ser seguido, e uma lição de vida, de que em todos os lugares existem pessoas ansiosas para crer em Deus.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA, BÍBLIA DE ESTUDO NVI.

ESTUDO 20 DE ATOS DOS APÓSTOLOS: DORCAS (9.32-43)

 

O testemunho continua a se propagar. Atos registra como Pedro levou o evangelho para as regiões da Judéia e Samaria. Pedro viajava por toda parte, visitando os santos e pregando o evangelho. Ao visitar Lida, encontrou um paralítico chamado Enéias que estava acamado faziam oito anos. Pedro o curou pelo poder de Jesus e este se levantou imediatamente. Várias pessoas que presenciaram esse milagre se converteram. As notícias sobre a cura do paralítico se espalharam. Estando Pedro ainda em Lida, foram buscá-lo e levá-lo a Jope, onde uma discípula chamada Dorcas (que é a tradução de Tabita) havia morrido. Analisemos essa passagem bíblica:

 

1-     DORCAS ERA UMA DISCÍPULA: Uma pessoa que seguia e vivia como Jesus. Um discípulo quer se parecer com seu Mestre. Não quer se parecer com o mundo. Não quer viver de qualquer jeito.

 

2-     DORCAS ERA UMA MULHER QUE SE DEDICAVA A PRATICAR BOAS OBRAS E A DAR ESMOLAS: No mundo atual a compaixão foi extinta do coração da maioria das pessoas. A miséria é normal. O egoísmo tomou conta. As vidas de terceiros não importam. Entretanto, Dorcas não era assim. Havia compaixão em seu coração. Ela colocava seu coração na miséria alheia e buscava fazer algo pelo próximo. Ela não fazia algumas obras, mas estava cheia de boas obras. Ela fazia roupas, doava aos mais pobres. Acolhia os necessitados. Estendia às mãos aos desprovidos. Seu ouvido estava atento aos carentes.

 

3-     DORCAS IMPACTOU VIDAS: Tabita (ou Dorcas) havia causado um enorme impacto em sua comunidade por suas boas obras; ela ajudava os pobres confeccionando casacos e outros artigos de vestuários (9.39). Quando ela morreu, o ambiente ficou repleto de pranteadores; provavelmente as pessoas a quem ajudara. E quando foi ressuscitada, a notícia se espalhou por toda a cidade. Deus usou grandes pregadores como Pedro e Paulo, mas também usa aqueles que têm o dom da generosidade, como Tabita. Em vez de lamentar-se e desejar outros dons, faça uso daqueles que Deus lhe deu.

 

4-     DORCAS É UM EXEMPLO A SER SEGUIDO: No mundo dos maus exemplos ainda há remanescentes. As pessoas devem imitar seu exemplo e encher seu coração de misericórdia e compaixão na ajuda ao próximo.

 

5-     DORCAS ALIAVA A SUA FÉ ÀS OBRAS: Em Tiago 1.22 a Palavra de Deus afirma que não devemos apenas ser bons ouvintes, mas praticantes da Palavra. E, em Tiago 2.17 que a fé, por si só, se não for acompanhada de obras está morta. Portanto, não adianta aprender e não viver. Não adianta crer e não praticar as boas obras.

 

6-     DORCAS DEIXOU PROFUNDO PESAR NA IGREJA: Dorcas morreu e toda a igreja sofreu. Algumas pessoas partem sem deixar saudades, como é o caso de Jorão que a Bíblia diz em 2Crônicas 21.21 que “morreu sem deixar saudades”. Analise sua vida. Se você morrer hoje deixará saudades ou alívio? Se você sair de sua congregação trará refrigério a comunidade ou tristeza aos irmãos?

 

7-     DORCAS AMOU E FOI AMADA: Aquilo que o homem semear isso também ceifará. Dorcas amou seu próximo e foi amada. Quem planta vento colhe tempestade. Quem planta ódio colhe ódio. Quem planta amor colhe amor.

 

CONCLUSÃO: Dorcas nos ensina a ser discípulo e a viver esse discipulado. O Cristianismo não se restringe em Deus ter nos amado, mas em nós amarmos a Deus e ao nosso próximo. Seja uma pessoa que impacte vidas. Faça a diferença. Passe pelo mundo deixando a marca de Cristo através de nossas vidas.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA, BÍBLIA DE ESTUDO NVI.

ESTUDO 19 DE ATOS DOS APÓSTOLOS: PAULO - DE PERSEGUIDOR A PERSEGUIDO (9.19B-31)

 

Saulo saíra de Jerusalém, respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele havia se dirigido ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns da seita do Caminho, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. Seu zelo por sua crença religiosa e pelos costumes judaicos era tão grande, que iniciou uma campanha de perseguição. Entretanto, quisera Jesus encontrar-se com Saulo no caminho, converter-lhe o coração para ser usado em sua obra. Saulo agora enfrentaria o que ele mesmo causou na vida de outros cristãos antes de sua conversão. Analisemos sua vida logo após sua conversão:

 

1-(At 9.20) PAULO TESTEMUNHOU O QUE JESUS LHE FIZERA

Logo depois de recobrar sua visão e passar algum tempo com os cristãos de Damasco, Paulo foi para a sinagoga falar aos judeus a respeito de Jesus Cristo. Alguns cristãos aconselham os novos convertidos a esperarem até que estejam completamente firmes em sua fé, antes de compartilharem as Boas Novas com outras pessoas. Paulo ficou algum tempo com outros cristãos para aprender a respeito de Jesus antes de iniciar seu ministério mundial, mas não esperou para testemunhar. Embora não devamos precipitar-nos no ministério, estando despreparados para tal tarefa, não precisamos esperar para contar a outras pessoas o que aconteceu conosco.

 

2-(At 9.21,22) PAULO MUDOU DE VIDA: DO JUDAÍSMO RELIGIOSO AO CRISTIANISMO ESPIRITUAL

As pessoas se admiravam com seu testemunho, os argumentos de Paulo eram poderosos, porque ele era um estudioso brilhante da Palavra de Deus. Mas o fato mais importante e convincente foi sua mudança de vida. As pessoas sabiam que o que ele ensinava era verdadeiro, porque podiam ver evidências em seu modo de vida. É muito importante saber o que a Bíblia ensina e a como defender nossa fé, mas suas palavras devem ser respaldadas por uma vida transformada.

 

3-(At 9.23a) PAULO ESTUDOU POR 3 ANOS COM JESUS NO DESERTO DA ARÁBIA

                De acordo com o texto de Gálatas 1.17,18, Paulo deixou Damasco e viajou para a Arábia, a região do deserto, a sudeste de Damasco, onde viveu por três anos. Os três anos de Gálatas 1.18 refere-se aos “muitos dias” de Atos 9.23.  Paulo menciona esse período para mostrar que o seu treinamento sob a tutela de Cristo foi comparável ao treinamento que os outros apóstolos receberam durante os três anos do ministério terreno de Cristo. Paulo estudou diretamente com Cristo, como podemos comprovar em Gálatas 1.12: “porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante a revelação de Jesus Cristo”.

 

4-(At 9.23b-29) PAULO FOI PERSEGUIDO PELOS JUDEUS

Já haviam se passado três anos. Paulo já tinha aprendido com Cristo no deserto da Arábia. Paulo voltara agora para Damasco para continuar sua pregação. Antes só testemunhava, agora ele podia falar com profundidade as verdades bíblicas reveladas do alto. A perseguição se inicia. Querem matar Paulo. Jesus começa a mostrar a Paulo o quanto deveria sofrer pelo seu nome. Os irmãos protegem Paulo e o descem pelo muro num cesto para que fugisse. Ele tentou se juntar aos irmãos em Jerusalém. Mas os demais o temiam. Ele tinha uma reputação terrível de perseguidor entre os cristãos. Barnabé o ajuda, o leva aos discípulos. Em Jerusalém Paulo pregou ousadamente, disputou com os gregos, mas eles novamente procuravam matá-lo. De perseguidor a perseguido. Do reino das trevas para o reino de luz. O inimigo se levanta.

 

CONCLUSÃO: Diante da perseguição é preciso lembrar:

- O PERSEGUIDO É FELIZ: Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. Mateus 5:10

- O PERSEGUIDO NÃO É ABANDONADO: De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.
2 Coríntios 4:8-9

- A PERSGUIÇÃO FAZ PARTE DA VIDA DO CRISTÃO: De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. 2 Timóteo 3:12

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA, BÍBLIA DE ESTUDO NVI.

ESTUDO 18 DE ATOS DOS APÓSTOLOS: A CONVERSÃO DE SAULO (AT 9.1-20)

Nenhuma pessoa, exceto Jesus, deu forma à história do Cristianismo como o apóstolo Paulo. Mesmo antes de tornar-se cristão, suas ações eram significativas. Sua perseguição frenética aos cristãos, seguida da morte de Estevão, deu início a um processo de obediência por parte da Igreja à ordem de Cristo para pregar o evangelho em todo o mundo. O encontro pessoal de Paulo com Jesus transformou a vida dele. Nunca deixou de ser intensamente dedicada, mas a partir desse encontro, toda a dedicação de Paulo foi direcionada ao Evangelho.

Paulo era muito religioso. O treinamento que recebeu de Gamaliel era o melhor disponível. As intenções e os esforços de Paulo eram sinceros. Ele era um bom fariseu, conhecia a Bíblia e acreditava sinceramente que o movimento cristão era perigoso para o judaísmo. Por isso, odiava a fé cristã e perseguia os cristãos sem misericórdia. Ele conseguiu permissão para viajar a Damasco para prender os servos de Deus e levá-los de volta a Jerusalém. Mas o Senhor o deteve em sua apressada jornada pela estrada de Damasco. Paulo teve um encontro pessoal com Jesus Cristo e sua vida nunca mais foi a mesma.  

Analisemos os fatos sobre a conversão de Saulo:

1-(At 9.1,2) Esses versículos nos mostram quem era Saulo e a total depravação do homem sem Jesus: “respirava ameaças e morte”, “queria prender os convertidos ao cristianismo”. (Todos somos depravados sem Cristo, precisamos do Senhor para nos santificar. Só Jesus pode mudar religiosidade em espiritualidade, carnalidade em santidade.)

2-(At 9.3,4a) A luz brilhou e Saulo caiu. A luz traz à tona o que estava encoberto pelas trevas. A luz retira a cegueira espiritual. (Todo pecador que conhece a Jesus cai aos seus pés diante da vergonha produzida por seus pecados em contraposição à santidade de Cristo. Todos os que são escolhidos se prostram diante de Jesus.)

3-(At 9.4b,5) A voz falou e Saulo desejou saber quem era que falava: “Quem és tu, Senhor?” (O pecador precisa conhecer quem é Jesus, não só de nome, mas sua pessoa e seus atributos como o Deus-Homem.)

4-(At 9.7) Saulo estava com seus companheiros, mas Jesus falou apenas com Saulo. O encontro com Jesus é pessoal. Jesus chamou “Saulo, Saulo”, o que demonstra intimidade, pessoalidade. Paulo afirma que “viram a luz, sem contudo, perceberem o sentido da voz” (At 22.9), ou seja, ouviram o som, mas não conseguiram entender o significado das palavras. 

5-(At 9.8) Saulo estava cego e precisou ser guiado. Da mesma forma, quando o pecador se converte ele também precisa ser guiado. Sua vida é guiada pelo Espírito Santo. De início, outras pessoas também o ensinarão e o guiarão para que você aprenda a ser discípulo.

6-(At 9.15) Jesus disse a Ananias que “Saulo era um instrumento escolhido por Ele”. Apesar de Saulo ser um perseguidor assassino, Jesus o escolheu. Apesar de nossos erros passados, Jesus também nos escolhe, porque não é por méritos, mas apesar de nossos deméritos.

7-(At 9.17) Após orar, Saulo ficou cheio do Espírito Santo. Além de nos salvar, Deus concede o Espírito Santo aos salvos. Ele vem habitar em nós, o próprio Deus faz morada no cristão.

8-(At 9.18) Saulo começou a ver fisicamente e espiritualmente quando as escamas dos olhos dele caíram. Da mesma forma, Deus abre a visão espiritual do salvo, que passa a ver tudo pelos olhos da fé.

9-(At 9.18b,19) Saulo foi discipulado e batizado. Todos que recebem Jesus como Senhor e Salvador devem ingressar na igreja pelo discipulado e batismo. É importante ser membro do Corpo de Cristo.

10-(At 9.20a) Saulo iniciou seu ministério imediatamente: “E, logo pregava”. Aos perdidos Deus diz: “Vinde a mim”. Aos salvos Deus diz: “Ide e pregai”.

CONCLUSÃO: Assim como Saulo se converteu e teve um encontro com Jesus, Ele te chama hoje para encontrá-lo.  Assim como Saulo foi escolhido, o Senhor te escolheu. Assim como Saulo foi enviado, o Senhor quer te enviar. Deus está à procura dos “instrumentos escolhidos”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, BÍBLIA DE ESTUDO NVI, BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA. 

ESTUDO 17 DE ATOS DOS APÓSTOLOS: A MISSÃO DE FILIPE - O EUNUCO ETÍOPE (8.26-40)

 

Filipe foi um dos sete organizadores da distribuição de alimentos na Igreja primitiva. Escolhido como diácono, era homem de bom testemunho, cheio do Espírito Santo e sabedoria. Era um discípulo ativo, um pregador autêntico; não fazia acepção de pessoas, subjugava o poder das trevas, era instrumento de cura; homem em constante progresso, cuidadoso estudante da Bíblia e com obediência imediata.

Diante da dispersão, Filipe fora para uma cidade de Samaria e de lá recebera uma missão especial do anjo do Senhor. Analisemos essa missão.

 

1-    Na missão, a direção vem de Deus (8.26 parte a): É o anjo do Senhor que diz onde Filipe deve ir. A Bíblia nos informa em Jeremias 10.23 que “ao homem não pertence o seu próprio caminho, nem lhe compete traçar seus passos”. A direção na vida de um cristão deve vir de Deus. Falamos o que Deus coloca em nossos corações. Vamos onde Deus nos enviar. Não há missão sem chamado de Deus.

2-     As grandes missões às vezes se fazem em pequenos lugares (8.26): Filipe tinha alcançado um bem-sucedido ministério de pregação para grandes multidões em Samaria (8.5-8) e, de forma obediente deixou aquele ministério para viajar por uma estrada deserta. Não importa a quantidade de pessoas que nos ouvem. Às vezes podemos pregar em um auditório com 5 mil pessoas e ninguém se converter. Outras vezes podemos pregar para uma pessoa no ônibus e ela se tornar um missionário (a) e levar milhares a Cristo.

3-     A missão exige obediência imediata (8.27): “E levantou-se e foi”. A ordem de cumprir o Ide de Jesus é imediata. O dia da salvação é hoje. A oportunidade de anunciar o evangelho é agora. O amanhã não nos pertence.

4-     A missão deve ser feita até os confins da terra (8.27): A Etiópia está localizada na África, ao sul do Egito. O eunuco obviamente era muito dedicado a Deus, pois viajou uma distância muito longa para adorar em Jerusalém. Na antiguidade, os judeus tinham contato com a Etiópia (Sl 68.31; Jr 38.7); talvez o etíope fosse um gentio convertido ao judaísmo. Por ser o “superintendente de todos os tesouros” da Etiópia, a conversão do eunuco permitiria que o cristianismo chegasse às altas esferas do poder de outra nação. Este foi o início da expansão do evangelho “até os confins da terra” (1.8). Não existe lugar longe demais que um missionário não possa ir, ou que o evangelho não possa chegar.

5-     A missão exige a evangelização (8.28-35): Filipe encontrou o etíope lendo as Escrituras. Aproveitando-se desta oportunidade para explicar as Boas Novas, Filipe: (1) seguiu a orientação do Espírito Santo; (2) começou a explanação a partir do texto que o homem havia lido (as profecias de Isaías); e (3) explicou-lhe como Jesus Cristo cumpriu as profecias de Isaías. Alguns pensam que o AT não é relevante hoje, mas Filipe levou aquele homem a crer em Jesus Cristo, usando o AT. Jesus Cristo pode ser vislumbrado tanto nas páginas do Antigo Testamento quanto do Novo. A Palavra de Deus é aplicável a todas as pessoas, em todas as épocas. Não evite ou negligencie o AT. Ele também é a Palavra de Deus.

6-     A missão deve levar pessoas à conversão e ao batismo (8.36-38): O batismo era um sinal de identificação com Cristo e com a igreja cristã. Embora não existisse outra testemunha além de Filipe, ainda assim era importante que o eunuco se batizasse.

7-     Quando uma missão acaba outra começa (8.39,40): Não se contente em cumprir o chamado de Deus apenas uma vez. Faça de sua vida uma vida de missões. Não se vive do passado. Não importa o que você já fez, importa o que você pode fazer hoje. O cansaço, a desmotivação, a indisposição não podem fazer parte da vida cristã. Almas estão perecendo. O que você vai fazer a respeito?

 

CONCLUSÃO: Por Filipe ter ido onde Deus o enviou, a Etiópia tornou-se uma região aberta às Boas Novas. Siga a liderança de Deus, ainda que lhe pareça um rebaixamento de posição. A princípio você pode não entender os planos de Deus, mas os resultados provarão que o caminho de Deus é sempre o correto.  

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL