Ao analisarmos um pouco de geografia da região da
Galiléia, podemos perceber que o ar frio que vem do Mediterrâneo se choca
contra as montanhas, e é lançado na Bacia do Mar da Galiléia, que está
carregado de ar quente e úmido. Esse choque gera tempestades violentas,
repentinas, imprevisíveis e perigosas.
Na vida cristã acontece da mesma forma, somos todos suscetíveis
a tempestades que nos apavoram, que querem nos destruir; mas devemos
compreender que elas fazem parte da jornada cristã; e, por isso, devemos
enfrentá-las da melhor maneira possível.
Considerações acerca
dessa passagem:
I. AS
TEMPESTADES DA VIDA SÃO REPENTINAS (V.37)
Elas são inesperadas, não
avisam o dia e nem a hora da sua chegada. Chegam de surpresa.
II. AS
TEMPESTADES SÃO INEVITÁVEIS (V. 37)
O homem não consegue
deslocar uma nuvem e afastar a chuva. São fenômenos naturais que fogem do
controle humano.
III. AS
TEMPESTADES SÃO RAMIFICADAS (V. 37)
Uma tempestade atua como
um polvo e seus tentáculos. Notem que um “forte vento” sobreveio, as “ondas se
lançavam contra o barco” e o “barco se encheu de água”. Um problema desencadeia
outro e somos açoitados por todos os lados e de diferentes formas.
IV. AS
TEMPESTADES SÃO VIOLENTAS
(V. 37)
Muitas vezes as
tempestades são furiosas que acabam por nos desestruturar e destruir o que
passamos uma vida para construir: família, reputação, herança financeira,
dentre outras coisas.
V. AS
TEMPESTADES NOS CAUSAM MEDO
(Mt 8.25)
As tempestades causam
medo, insegurança, ao olharmos para o tamanho do problema e para a nossa
pequenez. Temos medo do desconhecido e daquilo que foge ao nosso controle.
VI. AS
TEMPESTADES NOS LEVAM A QUESTIONAR (V. 38)
As perguntas, as dúvidas,
as incertezas assolam nosso coração. Sentimos às vezes que, Jesus parece não se
importar conosco: “Mestre, não te importa que pereçamos? ”
VII. AS TEMPESTADES
NOS LEVAM A CLAMAR A JESUS (V. 38)
Apesar do medo, da
incerteza e da ação destruidora da tempestade, eles clamaram a Jesus. Jesus é o
nosso socorro. É para Ele que devemos clamar. Somos dependentes do Pai, e,
precisamos constantemente da sua ajuda. Apenas Deus pode agir de forma
sobrenatural promovendo o milagre em nossas vidas.
VIII. A EXPERIÊNCIA
CRISTÃ NÃO TE TORNA IMUNE A TEMPESTADE
Os discípulos eram
pescadores experientes, nasceram ali e estavam acostumados às tempestades
repentinas e violentas do mar da Galiléia. Porém, vemos que mesmo com a
experiência clamaram amedrontados. O fato de sermos cristãos a algum tempo não
impede que as tempestades venham nos assolar.
IX. AÇÕES
PARA OS QUE ENFRENTAM A TEMPESTADES
Para aqueles que se
encontram dentro de uma tempestade existem duas opções: (1) desesperar-se,
perdendo qualquer resquício de esperança; (2) crer, confiando que Jesus vai
responder ao nosso clamor.
X.
A PRESENÇA DE JESUS NA TEMPESTADE FAZ TODA A DIFERENÇA
Estar com Jesus em meio à
tempestade é diferente de estar sozinho. A presença de Jesus faz toda a
diferença: (1) Ele estava no barco; (2) seu poder é tão grande que até a
natureza se sujeita a Ele; (3) Ele se importa conosco e age em nosso favor; (4)
Ele promove a bonança em meio à tempestade e muda qualquer situação; (5) Ele
pode não nos livrar da tempestade, mas Ele nos livra em meio à tempestade; (6)
Ele dá ordens em nosso favor: “aquiete-se”, “acalme-se”; (7) Ele só nos pede
fé, e na fé não tem medo ou dúvida.
CONCLUSÃO
As tempestades chegam para crentes e para ímpios. Mas, ter Jesus no barco e
nele crermos, faz toda a diferença. A tempestade pode ser repentina,
inevitável, ramificada, violenta, nos causar medo e nos fazer questionar;
porém, para aqueles que creem em Jesus, sabem que não estarão sozinhos, e que
Jesus é o Deus Todo-poderoso para mudar qualquer situação.