terça-feira, 6 de abril de 2021

ESTUDO 27 DE LUCAS: A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS (MT 17.1-13; MC9.1-13; LC 9.28-36)



                Os mistérios de Deus são bem distantes de tudo o que é terreno, físico e religioso. Eles são espirituais, com breves lampejos de revelação para os íntimos.; capazes de aterrorizar até os discípulos mais próximos de Jesus. Quanto maior intimidade, maior conhecimento acerca de Deus. 

 

 

1) A promessa: "Garanto-lhes que alguns do que aqui estão de modo nenhum experimentarão a morte, antes de verem o Reino de Deus vindo com poder."

 

Esse versículo causa divergências na interpretação, sendo que as duas principais são: 1) Trata-se de uma predição da transfiguração que ocorreu seis dias depois; 2) Refere-se à autoridade e ao reinado de Jesus após sua ressurreição. Alguns discípulos veriam isso - e até mesmo participariam desse reinado - conforme a descrição em Atos. O contexto parece favorecer a primeira interpretação.

 

2) A revelação

 

A revelação da transfiguração não ocorre abertamente. Jesus escolheu Pedro, Tiago e João, os três discípulos que tinham um relacionamento mais íntimo com o Senhor.

 

3) A sonolência

 

Apesar de serem mais íntimos de Jesus, os discípulos eram frequentemente dominados pelo sono (Lc 9.32). Jesus estava orando, entretanto os discípulos dormiam. O fato de não estarem orando fez com que os discípulos se tornassem apenas meros expectadores da glória e não agentes que recebem o poder de Deus para manifestar a sua glória.

 

4) Os milagres

 

a) a transfiguração de Jesus: a aparência de seu rosto se transformou e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago;

b) a aparição de Moisés e Elias: o legislador e o profeta; Moisés comparece como representante da antiga aliança da promessa da salvação, que se cumpriria em Jesus. Elias aparece como o nomeado da restauração (Ml 4.5,6; Mc 9.11-13);

c) a nuvem resplandecente que envolve a todos;

d) a voz de Deus que ecoa: "Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!"

 

5) A mensagem

 

Em Lucas 9.31 descobrimos que falavam acerca da morte de Jesus: "Apareceram em glorioso esplendo, e falavam sobre a partida de Jesus, que estava para se cumprir em Jerusalém."

6) A falta de entendimento

Pedro queria construir estruturas físicas e terrenas para pessoas glorificadas, uma ideia incoerente e incabível. Jesus precisava terminar sua obra e Elias e Moisés deveriam retornar. Marcos 9.6 fala que Pedro não sabia o que dizer, estava apavorado.

7) A nuvem de glória

A nuvem de glória envolveu o lugar, mas os discípulos não se envolveram com ela. A glória de Deus pode estar no ambiente e as pessoas devido à incredulidade não se deixarem envolver por ela.

8) A voz de Deus

A voz do céu declara que Jesus não é um mero homem, mas o próprio Filho de Deus. Um Filho que é amado. Um Filho que é a alegria do Pai. As mesmas palavras declaradas por Deus durante o batismo de Jesus. (Mt 3.17)

9) A missão de Elias

Elias, João Batista e diversos outros profetas vieram e anunciaram a necessidade de arrependimento para perdão dos pecados e consequente salvação.

10) O significado da transfiguração

Os três discípulos viram a Jesus glorificado. Uma glória que estava retida temporariamente pela encarnação de Jesus, mas que estaria plenamente revelada após sua ressurreição e retorno à terra. Jesus confirmou em ação, o difícil ensino dado aos discípulos em Cesareia de Felipe (Mt 16.13-20), no qual Pedro afirmou que Jesus é Cristo, o Filho do Deus Vivo. Também, a transfiguração veio para render ânimo e disposição aos discípulos diante do que estavam para enfrentar com a morte de Cristo.


CONCLUSÃO

A transfiguração foi um breve lampejo da glória de Deus. Uma revelação especial para aqueles que nele esperam, crendo que um dia, também nós, participaremos desta glória.