Jesus veio a terra como homem para
fazer a vontade do Pai. Vontade essa que consistia em salvar a humanidade
perdida, condenada a sofrer a ira de Deus mediante seus pecados. Jesus veio
promover a reconciliação entre o homem e Deus, salvando-o da morte eterna. Para
tal, Cristo sofreu uma grande humilhação: sua prisão, seu julgamento, sua
crucificação e morte. Jesus foi traído com um beijo, entregou-se para ser preso
e foi abandonado por todos os seus discípulos. Posteriormente, Cristo passou
por um julgamento judaico e civil, sendo ambos injustos e fraudulentos. Agora, Jesus
estava sendo entregue aos soldados, para ser crucificado.
1) MOMENTOS ANTES DA CRUCIFICAÇÃO
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Jesus
foi trocado por Barrabás. Soltaram o assassino e rebelde, condenaram o inocente
e amoroso Filho de Deus.
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Jesus
foi açoitado.
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Os
soldados levaram Jesus para dentro do palácio, isto é, ao Pretório, e reuniram
toda a tropa. Lá, eles zombaram de Jesus como Rei (Mc 15.17,18). Colocaram em
Jesus uma vestimenta púrpura (típico da realeza), colocaram uma coroa de
espinhos em sua cabeça e um caniço em sua mão direita. Saldavam a Jesus:
“Salve, o rei dos judeus.” (Jo 19.2-3)
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Zombaram
de Jesus como Filho de Deus (Mc 15.19,20). Ajoelhavam na frente dele e
prestavam adoração como forma de escárnio.
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Batiam-lhe
na cabeça com uma vara. (Mc 15.19)
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Cuspiam
nele. (Mc 15.19)
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Tiraram-lhe
as vestes e recolocaram suas roupas para crucificá-lo. (Mt 27.31)
2) A CRUCIFICAÇÃO
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Jesus
estava extremamente machucado e sem forças para carregar a própria cruz até o
Gólgota. A trave horizontal pesava entre 13 a 18 kg. Simão, o cirineu, foi obrigado
a carregar a cruz de Cristo. Sua ação nos deixa um grande ensinamento. Todo
aquele que quer seguir a Cristo, também deve carregar sua cruz, pagar seu
preço. (Mt 27.32; Mc 15.21)
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Um
grande número de pessoas seguiam a Jesus, inclusive mulheres que lamentavam e
choravam por ele. Jesus, a caminho da morte, se preocupa com elas, e as adverte
sobre os sofrimentos que haveriam de vir. (Lc 23.27-31)
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Jesus
foi crucificado no Gólgota, que significa lugar da Caveira. Seu nome se deve ao
formato do morro, mas também pela presença constante de corpos crucificados.
(Mt 27.33; Mc 15.22)
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Deram
vinho misturado com fel, mas Jesus ao prová-lo se recusou a beber. Tal bebida
era uma fórmula primitiva de analgésico. Jesus decidiu sentir toda a dor. (Mt 27.34; Mc 15.23)
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O
sofrimento físico: A dor da crucificação. Jesus provavelmente sentira a dor da
perfuração dos pregos, com rompimento dos tendões; as cãibras, asfixia; cada
vez que Jesus tentava se levantar para respirar, seus pés e mãos eram rasgados
ao sofrerem pressão.
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O
sofrimento espiritual: O que não tinha pecados fez-se pecador por nós. Aquele
que era o Bendito do Pai fez-se maldição por nós.
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O
sofrimento emocional: Cristo que sempre esteve em comunhão com o Pai, agora se
encontra sozinho. Ele brada em alta voz por volta das três horas da tarde:
“Eloí, Eloí, lamá sabactâni”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me
abandonaste?”(MT 27.46)
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O
sofrimento moral: Jesus foi humilhado. Escarnecido, cuspido, esbofeteado, fora
crucificado nu. Foi zombado como Filho de Deus. Foi zombado como o Rei dos
judeus.
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Dividiram
suas vestes, tiraram sorte. (Mt 27.35; Jo 19.23-24)
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Fora
crucificado às 9:00 horas da manhã, como um cordeiro pascoal. Era o sacrifício
matinal que a Páscoa de Moisés prefigurava. (Mc 15.25)
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Colocaram
uma placa sobre a cabeça de Jesus, sua acusação era: ESTE É JESUS, O REI DOS
JUDEUS. A placa estava escrita em aramaico, latim e grego. (Mt 27.37; Mc 15.26;
Lc 23.38; Jo 19.19)
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Como
malfeitores fora contado, crucificado entre dois ladrões. (Mc 15.27,28; Mt
27.38; Lc 23.32; Jo 19.18)
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Mesmo
antes da morte, com dores terríveis, Jesus pede para que o Pai perdoasse
aqueles que o matariam. Não lhes imputando culpa, afirmou que eles não sabiam o
que estavam fazendo. (Lc 23.34)
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Jesus
também se preocupa com sua mãe na hora de sua morte. Ele entrega Maria aos
cuidados de seu discípulo João. (Jo 19.25-27)
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O
povo gritava para que Jesus se salvasse, mais uma forma de zombaria. Mas, Jesus
permaneceu firme em seu propósito de morrer. (Mt 27.39,40; Lc 23.35)
·
Os
chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos também
zombavam de Jesus. Diziam que Jesus havia salvado os outros e não podia
salvar-se a si mesmo. Mal sabiam eles que, naquele momento Jesus estava
salvando todos os eleitos do Senhor. Salvando-os para que pudessem desfrutar da
vida eterna. Diziam ainda que, se Jesus descesse daquela cruz, eles creriam.
Jesus poderia ter descido, mas não quis.
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Os ladrões também insultavam a Jesus. (Mt
27.44; Mc 15.32)
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Ao
meio-dia houve trevas que se estenderam até três horas da tarde (Lc 23.44). Era
o luto de Deus por seu Único Filho. (Am 8.9,10)
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Jesus
disse “tenho sede”. Deram-lhe vinagre, mais um ato de crueldade, na tentativa
de manter Jesus acordado e prolongar-lhe o sofrimento. (Jo 19.28,29)
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Jesus
após provar o vinagre diz “está consumado”. (Jo 19.30)
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Jesus
bradou em alta voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” Tendo dito
isso, expirou. (Lc 23.46)
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O véu do templo se rasgou ao meio. A morte de
Jesus foi o sacrifício final e definitivo pelo pecado. (Hb 7.27; Lc 23.45)
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A
terra tremeu, as rochas se partiram. (Mt 27.51)
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Os
sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram
ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus,
entraram na cidade santa e apareceram a muitos. (Mt 27.52-53)
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Os
judeus não queriam que os corpos permanecessem na cruz durante o sábado, por
isso, pediram a Pilatos que quebrassem as pernas dos crucificados. Porém,
quando chegaram a Jesus, este já havia morrido. Então, um dos soldados
perfurou-lhe o lado com uma lança, e saiu água e sangue. (Jo 19.31-37)
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O
centurião vendo o que acontecera reconhece Jesus como justo, ele louva a Deus.
(Lc 23.47; Mt 27.54)
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O
povo que se havia ajuntado para presenciar o que estava acontecendo, batia no
peito e começou a afastar-se. (Lc 23.49)
CONCLUSÃO
Não conseguimos imaginar o tamanho do
sacrifício que Jesus fizera por nós. Ele se humilhou até a morte, e morte de
cruz. Jesus ofereceu o sacrifício final e definitivo pelo pecado. O véu do
templo se rasgou. Jesus firmou uma Nova Aliança, a salvação pela graça, através
de sua morte vicária. A ira de Deus fora aplacada, e como afirma o pastor
Hernandes Dias Lopes, “o maior crime do mundo revelou-se no maior triunfo de
Deus.”